segunda-feira, 27 de maio de 2013

Em quatro anos, Petrobras investiu US$ 2,4 bilhões

O continente africano está no radar da Petrobras desde a década de 1990. Hoje, a companhia participa de atividades em sete países - Angola, Nigéria Tanzânia, Líbia, Namíbia, Benin e Gabão - e investiu entre 2008 e 2012 cerca de US$ 2,4 bilhões, o que incluiu a construção de um navio-plataforma na Coreia do Sul para atuar na costa Oeste do continente. O principal foco está no ramo de Exploração & Produção, onde a empresa está presente em 14 blocos offshore, sendo que em oito deles a Petrobras atua como operadora - são três na Tanzânia, três em Angola, um na Líbia e outro na Namíbia.

A próxima investida da estatal deverá acontecer em Moçambique, por meio da Petrobras Bicombustível, em parceria com a Tereos Internacional, líder global em açúcar e bioenergia. O objetivo é atuar na produção de etanol, a partir do melaço da cana, em uma usina que já está instalada no país. A Petrobras se tornou mais presente em função do ambiente político, hoje muito mais propício ao ingresso de companhias estrangeiras.

Situação bem diferente da encontrada em 1979, em Angola, país que havia se libertado do domínio português quatro anos antes. Durante 27 anos, a companhia foi apenas sócia não-operadora em dois blocos. Somente em 2006, a empresa passou a ter direitos de exploração e produção em mais quatro blocos, sendo operadora em três deles. O contrato foi fechado sob a compromisso de perfurar 11 novos poços. Em 2009, anunciou a descoberta de reserva de petróleo a 200 km da capital Luanda.

Na Nigéria,onde está desde 1998, as atividades vão além da exploração e produção no delta do Rio Niger, o terceiro mais longo do continente, com 4.180 quilômetros. Naquele país, a Petrobras desenvolve ações sociais para populações ribeirinhas. A região é atrativo devido ao tipo de petróleo encontrado, classificado como leve e de forte valor comercial. A companhia também concentra as atividades na costa Oeste (entre Benin e a Namíbia), similar à costa Leste brasileira, onde estão as principais reservas de petróleo e gás natural.

Em Benin, onde chegou em 2011, a Petrobras concentra seus trabalhos em águas profundas e ultraprofundas da região. A empresa detém participação de 35% em um bloco, ao lado da Shell, que participa com outros 35% e a CBH (Compagnie Béninoise des Hydrocarbures). Trata-se de uma área de cerca de 7,4 mil quilômetros quadrados, com profundidade entre 200 metros a 3 mil metros, a 60 quilômetros da costa. A expectativa é de encontrar petróleo leve.

A Petrobras também atua como operadora no mar do sul da Namíbia, em parceria com a Chariot&Ga e a BP. O trecho é de cerca de 5,5 mil quilômetros quadrados, com profundidade de até 1,5 mil metros, a uma distância de 80 quilômetros da costa. Os estudos geológicos e geofísicos avaliam a possibilidade de exploração comercial com possibilidade de perfurar um poço.

Fonte:Valor Econômico/Guilherme Meirelles | Para o Valor, de São Paulo

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