terça-feira, 29 de janeiro de 2013

MPF recomenda que EBX não utilize água do rio Paraíba do Sul



O Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes, no noroeste do Rio,  enviou recomendação ao grupo EBX, holding de empresas do empresário Eike Batista, para que não  realize obras de transposição do rio Paraíba do Sul que possam modificar sua vazão.
O grupo pretende utilizar a água do rio para abastecer as empresas em instalação e operação no Complexo Portuário de Açu, que está sendo construído pela LLX. O projeto prevê a transposição do equivalente a 20 metros cúbicos por segundo, o que equivale a 16 % da vazão média no ponto previsto para a captação. O grupo ainda não se manifestou sobre o assunto.
Segundo a recomendação do ministério, expedida pelo procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, o rio Paraíba do Sul se encontra sem o devido tratamento de esgoto e com alto nível de poluentes derivados das empresas instaladas as suas margens. Além disso, o rio ainda sofre com a ação direta de despejos industriais de aproximadamente 700 indústrias de pequeno, médio e grande porte.
Atualmente, tramitam no MPF dois inquéritos que acompanham o licenciamento da usina termelétrica denominada UTE Porto do Açu Energia S.A., e apuram elementos que comprovem danos ao Rio Paraíba do Sul e eventuais riscos ao meio ambiente.
EBX é acusada de contaminação da água
No dia 16, o secretário do Ambiente, Carlos Minc, disse que o grupo EBX iria ser punido com medidas corretivas pela Secretaria do Ambiente por conta do aumento da salinização da água na região do Superporto do Açu, no litoral fluminense. Segundo o secretário, um estudo feito pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) apontou que a construção do porto provocou um aumento do teor de sal na água da região, incluindo lençóis freáticos e lagoas.
A companhia alegou, na ocasião, que a área de influência do porto é monitorada em mais de 40 pontos para avaliação dos níveis de salinidade, de acordo com as exigências de licenciamento ambiental. "A LLX possui convênios desde 2010 com universidades do Rio de Janeiro para monitoramento dos canais utilizados para irrigação sem qualquer indicação de alteração da atividade agrícola", disse em nota a companhia.
A salinização pode ter sido causada pela dragagem de areia do fundo do mar e causaria impacto ambiental, afetando a fauna, a pesca e a agricultura.Fonte: 
NN - A Mídia do Petróleo

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