quarta-feira, 26 de setembro de 2012

GEO produz energia a partir de resíduos da agroindústria


A GEO Energética, empresa paranaense que há dez anos investe em pesquisas e no desenvolvimento de soluções biotecnológicas para a geração de energia verde, apresenta na quarta-feira (26), durante o Global Agribusiness Forum (GAF), em São Paulo, um novo sistema de reciclagem de resíduos orgânicos para a geração de energia renovável e liberação das áreas atualmente usadas no tratamento desses resíduos para o plantio agrícola. A solução atende a dois dos três principais desafios do setor para responder à demanda decorrente do crescimento da população mundial: geração de energia limpa e aumento da produção de alimentos.

O GAF reúne cerca de 500 líderes, especialistas e representantes da cadeia produtiva agrícola para discutir o tema “Agricultura Globalizada e Sustentável, o Desafio do Crescimento”. A solução GEO será apresentada no painel "Agricultura Energética", na manhã de quarta, segundo dia do fórum.

Por meio do desenvolvimento de aditivos e equipamentos patenteados, a GEO conseguiu controlar e potencializar todas as etapas de produção de biogás, em volumes ainda não registrados no Brasil. A partir do uso de qualquer tipo de resíduo orgânico, sólido e líquido, e da estabilização desse material para armazenagem durante o ano inteiro, sem riscos de degradação da biomassa, a empresa consegue produzir biogás em volumes grandes e gerar energia elétrica firme e renovável.

Após operar três plantas pilotos para testar e comprovar sua biotecnologia, a GEO inaugurou no início desta ano a sua primeira planta comercial, instalada no noroeste do Paraná, em parceria com a Usina Coopcana. Com capacidade de gerar 4 MW de energia elétrica, essa planta está reciclando torta de filtro, vinhaça e palha, os três principais resíduos da indústria sucroenergética.

O biogás da GEO pode ser utilizado para gerar energia elétrica, vapor e biometano. A energia elétrica é 100% verde e renovável, com valor agregado no mercado livre. O biometano da produzido, batizado de GNVerde, pode ser comprimido e usado como combustível, especialmente na frota da própria agroindústria, substituindo o uso do diesel. No caso do setor sucroenergético, a usina que substituir o diesel pelo biometano da GEO produzirá etanol com 95% de redução na emissão de gases do efeito estufa, segundo estudo realizado pelo Centro Nacional de Referência em Biomassa (CenBio), da USP.

O sistema da GEO produz, também, adubo sólido e líquido de alto valor agregado, devolvendo ao solo todos os nutrientes que a atividade agrícola retira. Isso acelera a formação do solo, outro ponto bastante debatido no evento.


Fonte: Tn Petróleo

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