segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rio+20: Ban Ki-Moon diz que documento final é "ambicioso"


Depois da reunião de quarta-feira (20), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, disse que o documento final da Rio+20, é "ambicioso", além de "amplo e prático". Segundo Ban Ki-Moon, a visão da diplomacia estrangeira mudou de opinião e os brasileiros conseguiram algo inédito, "fechar um texto em dois ou três dias, sendo que o mesmo texto já era debatido pelos outros países participantes da Rio+20, há seis meses".


O secretário-geral Ban Ki-Moon, aproveitou o momento para cobrir a presidente Dilma Rousseff e sua equipe diplomática de elogios, num estágio em que as críticas generalizadas ao documento final causam desconforto no governo brasileiro.

De acordo com as últimas  informações, na cúpula da ONU, havia um certo desconforto com a atual situação enfrentada pelos governantes brasileiros. Por outro lado, a percepção é de que seria impossível, mesmo para a hábil diplomacia brasileira, resolver um número tão grande de contenciosos sem reduzir a substância e a ambição do texto. A timidez do documento final é uma conclusão quase unânime, variando apenas o grau da crítica - muito mais ácida no caso das ONGs, atenuada e buscando aspectos positivos no caso dos governos que vão assinar o texto.

Aliás, o próprio ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, fez referência às insatisfações provocadas pelo documento final. A reação do governo brasileiro ao discurso de Ban Ki-Moon, portanto, surpreendeu a ONU.

"Seria justo para a população brasileira saber qual foi a contribuição que o Brasil teve para o sucesso da Rio+20", disse o secretário-geral, acrescentando que "este é um documento final contendo pacotes amplos, ambiciosos e práticos para o desenvolvimento sustentável, garantindo os três pilares dos nossos objetivos - equidade social, desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental", disse Ban Ki-Moon.

Um experiente diplomata lembrou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a realização da Rio+20 em 2007, quando o mundo estava no ápice do boom econômico, e havia um otimismo generalizado. A conferência em si, porém, acabou sendo realizada na esteira da pior crise econômica desde a década de 30, o que reduziu muito a disposição de financiamento dos países ricos. Isso, por sua vez, tornou o ambiente de negociação mais recriminatório e menos propenso a se alcançar a tão almejada ambição dos objetivos propostos pelas autoridades na Rio+20.


Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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