Durante uma reunião bilateral na Rio+20, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que será criado um fundo de reserva entre o Brasil e a China no valor de R$ 60 bilhões, os quais poderão ser utilizados a qualquer momento. O acordo deve ser assinado nas próximas semanas, chamado de “swap (troca) recíproco”, foi criado para garantir a continuidade da dinâmica econômica estabelecida entre os dois países.
"É uma medida que reforça a situação financeira de ambos os países em momentos de crise, se houver um agravamento da crise internacional", disse Guido Mantega, após reunião entre a presidente Dilma Rousseff e o primeiro ministro da China, Wen Jiabao.
Segundo o ministro da Fazenda, a Medida deve ser estendida aos outros países do BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com o objetivo de garantir crédito para o comércio exterior. Ainda conforme o ministro, esse acordo é um instrumento financeiro, sendo uma espécie de “cheque especial”, em caso de agravamento da crise economia internacional. Com isso, o Brasil poderá ter acesso à reserva cambial chinesa e assegurar a liquidez de suas relações comerciais com os outros países.
"Digamos que haja agravamento da economia internacional. Tendo esse swap de moedas, o nosso comércio continua girando", ressaltou Mantega, lembrando que em 2008 ninguém importava e nem exportava por falta de dinheiro na economia.
O Brasil e a China também vão elaborar um plano decenal (2012-2021), incluindo medidas de cooperação, contendo um conjunto de iniciativas nos campos comerciais, tecnológicos, culturais e agrícolas. O ministro da Fazenda, disse também que vai permitir à Embraer vender mais aviões aos chineses e fabricar novos jatos regionais Legacy 650, em parceria com uma empresa chinesa.
Fonte: NN - A Mídia do Petróleo
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