segunda-feira, 25 de junho de 2012

Graça Foster não tem data para reajustar os preços dos combustíveis


A presidente da Petrobras, Graça Foster, declarou em evento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que ainda não há uma data determinada para reajustar os preços dos combustíveis. Entretanto, a presidente da estatal disse que o aumento poderá ser de 10%, mas que não iria confirmar o percentual dito e também nenhuma data específica.


“Nós não temos nenhuma indicação de percentual de aumento da gasolina e nem nenhuma data especifica para que isso aconteça. Interessa à Petrobras que o consumidor brasileiro continue tendo condições de consumir volumes crescentes para que a gente tenha melhores resultados”, disse Graça, destacando também que o reajuste seria importante para corrigir a defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional.

Segundo O Globo, o governo deve divulgar na semana que vem um decreto estabelecendo uma redução da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que refletirá sobre a venda de combustíveis. Caso seja confirmada, a medida poderá proporcionar um reajuste nas refinarias de 7% nos preços da gasolina da Petrobras e até 4% no valor do diesel, sem repasse ao consumidor final e impacto na inflação, conforme cálculos da equipe econômica consultada pelo jornal.

A redução da Cide deve entrar em vigor a partir de 1°de julho e o impacto da medida na arrecadação final será na ordem de R$ 420 milhões por mês. Em caso de confirmação, será o primeiro reajuste nos preços dos combustíveis desde maio de 2008. Criada em 2001, com intuito de financiar obras de infraestrutura, a Cide, tem se notabilizado em acomodar aumentos da gasolina sem que haja repasse ao consumidor.

Lobão muda discurso

O ministro de minas e Energia, Edison Lobão, admitiu esta semana, uma enorme preocupação do governo com os efeitos do congelamento nos preços dos combustíveis para o caixa da Petrobras. No mês passado, Lobão, defendeu que houvesse um reajuste somente quando o preço do barril de petróleo no mercado internacional batesse US$ 130. Atualmente, o barril do Brent está em US$ 95. Na divulgação do resultado financeiro no mês passado, o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa afirmou desconhecer o patamar estipulado pelo ministro.


Fontes: O Globo e Folha de SP / Foto: Divulgação

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