sexta-feira, 22 de junho de 2012

“Brasil pode alcançar a liderança em energia renovável”, diz especialistas


Foi realizado ontem (20), durante a exposição Humanidade 2012 – evento paralelo a Rio+20, no Forte de Copacabana, o painel Seminário de Lideranças Empresariais.  Com o intuito de estabelecer políticas públicas com vistas a ampliar o uso de fontes renováveis, sobretudo na matriz energética dos países desenvolvidos. Segundo o diretor geral do Centro Brasileiro de Inovação (CBI), Adriano Pires, o Brasil tem tudo para se tornar uma grande liderança no setor de produção de energia renovável.


“A independência de energia e alimentar são fatores essenciais para transformar um país em uma grande potência, e o Brasil possui esses dois atributos”, afirmou Pires. No entanto, o diretor ressalta que o grande entrave do país são as tarifas altíssimas das energias renováveis.

Com um discurso preocupante, Carlos Cavalcanti, diretor de Energia da Federação das Indústrias do Estado de são Paulo (FIESP), afirmou que a competitividade é fundamental para o setor de energias renováveis. “Li uma pesquisa feita pela FIRJAN onde o valor dos impostos foram retirados das tarifas energéticas e ainda assim, o Brasil continuou apresentando a energia mais cara do mundo”, refletiu Cavalcanti.

O diretor da União da Indústria de Cana-de-Açúcar  (ÚNICA), Eduardo Leão culpou diretamente as autoridades do governo por uma política mais transparente para o setor do etanol, e reafirmou a necessidade de uma política fiscal/monetária para o combustível. Eduardo lembrou que a logística de transporte da gasolina e do etanol são os mesmos, porém segundo o executivo, os preços da gasolina são administrados pelo governo. “A questão é que os preços da gasolina são administrados pelo governo e os impostos cobrados em cima deste combustível vêm sendo reduzidos”, acrescentou Leão.

Combustíveis fósseis

No painel “Caminhos para uma Nova Economia”, o vice-presidente de Desenvolvimento Internacional do Grupo EDF, Gérard Wolf, afirmou que aproximadamente dois terços da energia produzida no planeta nos dias de hoje ainda vêm de combustíveis fósseis. “Temos que buscar um planeta que gere energia livre de carbono”, declarou o executivo, que ainda afirmou que a única maneira de se encontrar uma nova economia é democratizando a energia.

Conscientização

O estudante universitário, Maurício Fonseca, 23 anos, aproveitou a os dias de recesso para conhecer a exposição.  “Acho importante vir porque traz muita informação. Como profissional da área tenho que me manter atualizado sempre e os debates estão bastante proveitosos”, comentou Maurício.

O Humanidade 2012 é uma iniciativa da FIESP, do Sistema FIRJAN e da Fundação Roberto Marinho, com patrocínio da Prefeitura do Rio, da CAIXA e do SEBRAE, concebida para realçar o importante papel que o Brasil exerce hoje como um dos líderes globais no debate sobre o desenvolvimento sustentável.



Fonte: Divulgação - Exposição Humanidade2012

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