segunda-feira, 28 de maio de 2012

“Eu estou construindo um Brasil aqui”, diz Eike


Em cobertura realizada pelo NN, durante a participação no Ibmec Conference, Eike, o homem mais rico do Brasil com uma fortuna de US$ 30 bilhões, segundo a revista ‘Forbes’, aproveitou o momento para disparar críticas contra governantes, empresários e setores da economia brasileira.


O primeiro alvo do empresário foi o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia. Eike disse ficar irritado sempre que passa pela Cidade da Música, na Barra - obra inacabada e executada no período da gestão do ex-prefeito. Em declaração, Eike diz que a obra é um desperdício do dinheiro público. “Olha a idiotice que é a Cidade da Música”. “Não consigo ver essa geringonça, dá raiva. É dinheiro que ele tinha (Cesar Maia) que poderia ter saneado todas as favelas da Barra da Tijuca”, afirma.

O segundo da lista de críticas foi o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabriell. “Há cinco anos, quando eu chegava para fazer minhas apresentações no exterior, Gabrielli dizia que eu nunca iria achar petróleo”. “E eu achei”, replicou Eike.

O bilionário em alto tom também reclamou sobre a falta de qualidade nos serviços prestados nas rodovias do Rio, além das obras mal planejadas que estão sendo realizadas no estado.  Eike comparou o  asfalto carioca como uma espécie de "puxadinho", obras duram pouco e não são totalmente terminadas. “O recapeamento nas ruas e avenidas do Rio, logo fica esburacado. Tem prazo de validade, duram apenas dois anos. E daqui a dois anos tem que asfaltar de novo, não pode ser assim. Eu faço auditorias no cimento que uso nas minhas obras, porque isso tem que durar mil anos como as pontes romanas e francesas”, disse.

Antes de iniciar a apresentação de seu projeto Visão 360°, Eike direcionou suas queixas aos portos brasileiros. Segundo o empresário, os portos no Brasil são “jurássicos” e os aeroportos  “um desastre”. Ao falar do superporto do Açu, Eike aproveitou para elogiar sua criação, em São João da Barra, no norte fluminense. Conforme o investidor, o país precisa levar essa obra como exemplo. Atualmente o tempo de espera dos navios nos portos, chega a ser de dois a três meses para embarcar ou desembarcar as  mercadorias no país.

“Tenho alguns amigos industriais alemães e chineses que me dizem: - Seu Batista seu país é maravilhoso, tem 200 milhões de consumidores, mas a gente não sabe entrar e nem como sair dele. Estes portos não têm tamanho, não tem escala, é tudo mixuruca”, confirmou Eike.

Por fim, Eike repreendeu o posicionamento dos empresários brasileiros e disse que eles deveriam pensar mais na população. “Eles fazem projetos além dos muros, ou seja, se preocupam com o entorno dos empreendimentos, fazem aqueles prédios iguais, em série e esquece-se de cuidar das comunidades do Rio. Eu vou adotar uma favela e vou transformar aquele lugar num paraíso”.

Quanto aos negócios futuros, o empresário afirmou que negociando com o gigante asiático Foxconn, para  a construção de duas fábricas no Porto do Açu. A obra renovável servirá para a fabricação de painéis solares e lâmpadas led. Com uma Visão 360° criada pelo próprio empresário, a qual ele pretende levar aos empresários e governantes do Brasil. Eike tem uma maneira especial de enxergar o mundo e de empreender seu dinheiro. Em longa apresentação, Eike esclareceu que a Visão 360° é uma das marcas do Grupo EBX, que tem como objetivo realizar um planejamento empresarial, orientando outras empresas. Uma ferramenta que dispõe de oito áreas ou oito tipos de engenharias, tipificadas em, engenharia de pessoas, financeira, jurídica, política, logística, ambiental e social, de marketing, além da própria engenharia da engenharia. Sendo que todas precisam ser tocadas ao mesmo tempo e sem descuido de nenhuma das partes.


Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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