A petroleira britânica BG vai apostar todas as suas fichas na exploração e produção de petróleo e gás no pré-sal brasileiro. Segundo estimativas da Companhia, o valor pode chegar à US$ 30 bilhões até 2025. Em entrevista à Agência Reuters, o vice-presidente de assuntos corporativos da BG Group, Henrique Rzezinski, disse que esses investimentos colocarão o Brasil entre as maiores fontes de receita do Grupo.
"Não temos um número fechado, mas é seguramente maior que isso (US$ 30 bilhões)", ressaltou Rzezinski.
Com as descobertas realizadas no pré-sal de Santos, a petroleira espera produzir 600 mil barris de óleo equivalente por dia (boe) por volta de 2020. Esse volume vai corresponder a cerca de um quarto da produção nacional de petróleo atualmente. O executivo fez questão de ressaltar que a BG é uma empresa de gás na sua essência, mas se tornou uma empresa de óleo para o pré-sal pelo grande volume de descobertas.
Sócia da Petrobras em descobertas que já resultaram em 11 campos e prospectos - dentre eles Lula, Carioca e Guará -, a BG está levantando recursos para fazer frente à necessidade de pesados investimentos na nova fronteira.
De acordo com Rzezinski, um total de US$ 5 bilhões deve ser investido nos primeiros dois anos, no início da produção do pré-sal. A empresa britânica vendeu no início de maio o seu principal ativo no país, a Comgás, líder nacional em distribuição de gás natural. A venda foi feita para a Cosan por US$ 1,8 bilhão. "Sem dúvida alguma temos algumas coisas que podem gerar trocas de ativos, como foi o caso da Comgás”.
A BG é a principal parceira da Petrobras em alguns dos principais blocos do pré-sal, com participações entre 20% e 40%. Em todos os blocos a Petrobras é a operadora. Segundo a petroleira, estudos apontam que haverá um volume de reservas estimado em 8 bilhões de barris de óleo equivalente, no pré-sal da bacia de Santos.
Fonte: NN A Mídia do Petróelo
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