sexta-feira, 24 de maio de 2013

Volume recorde de petróleo em Libra antecipa 1º leilão do pré-sal


A diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriad, anunciou, nesta quinta-feira (23), adecisão do Governo de antecipar para a segunda quinzena de outubro a 1º rodada de licitações da área do pré-sal. O leilão estava marcado para novembro, após a 12ª rodada com foco em gás onshore (áreas terrestres), que agora foi postergada. O leilão deve acontecer em Brasília, com a presença da presidente Dilma Rousseff.
“Com dados que eu tenho até o momento, Libra é a maior descoberta do pré-sal”, disse a diretora-geral da ANP, destacando que o “porte de Libra é tão diferente que justifica a exceção”.
De acordo com Magda, a última análise do prospecto de Libra, na bacia de Santos, após a perfuração do poço 2 ANP-2A-RJ Submarino, revelou recorde de volume esperado. A previsão é de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, numa área de 1,5 mil quilômetros quadrados. O que significa cinco vezes a produção do campo de Marlim, no pré-sal da bacia de Campos. A estimativa foi realizada a partir de novas coletas de dados 3D, o que de acordo com a ANP  já é possível saber onde está o contato óleo água e quais são as condições da rocha.
O prospecto, com acumulação de petróleo leve a 27 º API, será a única área ofertada com um bônus de assinatura fixo, de acordo com Magda. O edital da rodada deve ser publicado na primeira semana de junho. As outras áreas do pré-sal, que somariam mais 22 bilhões de barris de petróleo in situ (volume de óleo dentro do reservatório, sem garantia de extração), não entrarão nesta rodada. As reservas totais atuais do país são de 15 bilhões de barris. “No momento, em que só Libra pode chegar a 42 bilhões de barris de petróleo in situ, não há mais porque ofertar as outras áreas do pré-sal”, explica.
Sobre a antecipação do leilão ter sido motivada pela dúvida se novembro seria o mês mais adequado para atrair investimentos, uma vez que as empresas estrangeira fecham seus planos de negócios neste mês, Magda respondeu: “nunca vi ninguém licitar nada parecido. Com este porte [Libra] atrai, em qualquer momento, as empresas.”
Modelo de partilha
A rodada será sob o novo modelo de partilha, que garante uma fatia maior para o Estado. Obrigatoriamente, a Petrobras será operadora de todos os blocos arrematados com no mínimo 30% de participação. Os outros 70% serão leiloados entre as demais empresas interessadas, que ainda serão habilitadas pela ANP. A Petrobras terá que arcar com pelo menos 30% do valor ofertado pelo ganhador do leilão, que pode ser uma empresa ou um consórcio.  A rodada deve seguir as regras de lances da 11ª rodada para cessão onerosas, realizada na semana passada sob o regime de concessão, com programa exploratório mínimo e conteúdo local da fase exploratória e de desenvolvimento.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...