segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Petrobras enfrenta dificuldades para venda de ativos



A Petrobras encontra dificuldades para definir uma estratégia de venda de ativos no exterior. O processo foi lançado há dois anos e pouco avançou nesse tempo. Tanto que a estatal só conseguiu viabilizar US$ 305 milhões com alienação de uma fatia no bloco BS-4 para a OGX e da Edesur, distribuidora de energia da Argentina. Mas a meta que traçou, dentro das novas diretrizes de seu plano de negócios, é atingir US$ 14,8 bilhões, valor que inclui desbloqueio de recursos dados como garantia.
Agora, além dos ativos no exterior, estão sendo oferecidas também participações em áreas exploratórias no Brasil e ativos industriais, como a petroquímica Innova, no polo de Triunfo, no Rio Grande do Sul. Entre as interessadas nas áreas de exploração e produção são apontadas duas petrolíferas: a norueguesa Statoil e a chinesa Sinochem.
Apesar de abrir espaço para vendas no Brasil, a maior aposta da Petrobras continua sendo se desfazer de ativos no exterior. A empresa tem negócios na Ásia, África, Europa, Estados Unidos e América Latina, que estão sob coordenação da esvaziada diretoria internacional, sem ocupante há sete meses.
A presidente Graça Foster está acumulando essa diretoria com seu cargo na estatal desde julho do ano passado, quando Jorge Zelada deixou a estatal. Graça também concentrou a venda nas mãos do novo gerente executivo de Novos Negócios, Ubiratan Clair, ligado diretamente à presidência.
Questões políticas
Os ativos na América do Sul podem não ser vendidos facilmente. Por questões políticas, a Petrobras não deverá sair totalmente da Argentina, Bolívia e Venezuela. Na Bolívia, que sofre com a queda das reservas, a estatal brasileira vai precisar encontrar o gás necessário para ao menos garantir a existência do insumo em volumes que permitam renovar, em 2019, o contrato que garante a compra de 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia enviados pelo Gasbol. Na Argentina a Petrobras vem tentando reduzir sua presença desde 2008, mas deve continuar na exploração e produção de petróleo, com menor exposição à política energética baseada no controle de preços. Na Venezuela, a avaliação é de que dificilmente haverá comprador para as participações acionárias nas empresas mistas controladas pela PDVSA.
Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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