quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Para o bem ou para o mal? Plataformas de petróleo destroem ecossistema


As plataformas de extração de petróleo em alto mar fornecem à sociedade esse combustível fóssil não renovável, para que todos possam aproveitar os benefícios da vida moderna. Porém, os impactos ambientais causados por essas plataformas trazem prejuízos enormes ao meio ambiente e, por consequência, à população.
Diversos resíduos são gerados nessas estruturas, como, por exemplo, resíduos sólidos, em sua maioria classificados como “perigosos”. De acordo com o Ibama, apenas em 2009 foram gerados 44.37 toneladas destes resíduos a partir de atividades de pesquisa sísmica marítima, perfuração de poços, produção e escoamento de petróleo e gás natural em águas brasileiras, e, deste total, 24.11 toneladas (54,3%) eram substâncias sólidas perigosas, produzidas principalmente nas plataformas e instalações do pré-sal no Sudeste brasileiro. Dentre os tipos de resíduos encontrados, estão sucatas metálicas, restos de tinta e embalagens plásticas, que poluem o ambiente.
Outro resíduo perigoso gerado a partir deste tipo de atividade petrolífera é a “água de produção”, também chamada de “água negra”. Este resíduo é composto da mistura da água do mar com o óleo extraído e contém, muitas vezes, graxas e substâncias tóxicas, como os metais cádmio, cobre, berílio, ferro, e até mesmo compostos radioativos nocivos à saúde, como por exemplo o estrôncio 90 e o bismuto 214.
Esta água negra é extremamente prejudicial ao ambiente, e tem o potencial de contaminar grande parte da vida marinha, e as empresas de extração petrolífera têm o dever de tratar o resíduo antes de descartá-lo. Em um caso brasileiro ocorrido no final de 2012, porém, investigações realizadas pela PF revelaram que a Petrobrás não trata seus resíduos de forma correta na maioria das plataformas da costa brasileira (de 110 plataformas, apenas 29 possuem a capacidade de tratar a água negra, por exemplo), faltando ainda uma fiscalização adequada do Ibama. Além disso, as investigações também indicaram que a água negra é descartada há décadas no oceano sem tratamento adequado, sem fiscalização alguma.
Outro tipo de resíduo gerado a partir da extração petrolíferas nas plataformas são os resíduos gasosos – geralmente uma mistura de hidrocarbonetos tóxicos com predominância de gás metano –, que contribuem para o efeito estufa. Teoricamente, apenas gás residual e misturas de óleo e gás podem ser liberados para a atmosfera pelas plataformas. Porém, nos últimos dois anos, houve vazamentos de gás destas estruturas no Brasil, poluindo mais ainda o meio ambiente.
Com isso, podemos perceber que chegamos ao absurdo de permitir que empresas deste tipo usem o planeta como seu próprio lixo particular, tendo em vista que existem muitas outras tecnologias, além do uso de combustíveis fósseis, que podem fornecer à sociedade moderna tudo que temos hoje em dia e mais um pouco. Exemplos disso são carros elétricos e o uso da energia eólica, já comuns na Europa há algum tempo. Será que não está na hora de mudar e parar de aceitar passivamente a destruição do ambiente causada pela extração petrolífera, e investir em opções sustentáveis e menos poluentes?
Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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