quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Pré-sal apresenta produção maior do que previsto


As explorações do pré-sal, especialmente na Bacia de Santos (litoral norte de São Paulo e sul do Estado do Rio de Janeiro), têm surpreendido a Petrobras. Os primeiros quatro poços do campo gigante de Lula, por exemplo, estão produzindo 50% a mais do que o previsto - sucessos exploratórios que têm ofuscado a produção no pós-sal da Bacia de Campos (litoral norte do Rio e sul do Espírito Santo). Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, contra os cerca de 30% da média mundial.


Apenas os recursos da área da cessão onerosa e o potencial recuperável dos dois campos do pré-sal (Lula e Sapinhoá) que a Petrobras declarou comercialidade à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) equivalem a tudo o que a companhia produziu desde sua fundação, em 1953. São 15,4 bilhões de barris.

“" Só isso é igual a toda a produção que a Petrobras já teve, e vocês sabem que não é só isso”", disse à Agência Estado o gerente executivo de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga. “Os poços têm tido produtividade melhor do que o inicialmente esperado.”

Os quatro campos de Lula chegaram à meta esperada para seis poços: 100 mil barris por dia. Hoje, o pré-sal já responde por 5% da produção de cerca de 2 milhões de barris diários da companhia. A previsão é de que passe para 31% em 2016 e 50% em 2020.

Hoje, o horizonte potencial de reservas da Petrobras é o dobro de tudo o que já foi produzido: 31,5 bilhões de barris de óleo equivalente. Mas os números não levam em conta, por exemplo, o campo de Carcará (Bacia de Santos), ainda não declarado comercial e, portanto, fora das estimativas oficiais. Sócia da Petrobras, a petroleira Barra Energia crê que Carcará é, seguramente, um dos maiores reservatórios do pré-sal.“Posso dizer com segurança que nossa expectativa é que seja um dos mais significativos do pré-sal”, disse o diretor e CEO da empresa,

Em quatro anos, a produção acumulada no pré-sal de Campos e Santos superou 100 milhões de barris de óleo equivalente. Em 2017, passará a 1 milhão de barris, conforme os planos da Petrobras. É aproximadamente metade do volume recuperável do Campo de Garoupa, que produz há 30 anos e está até hoje em produção. 


Fonte: Estado de S. Paulo

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