Graça Foster defende convergência de preços dos combustíveis

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou ontem (11) em audiência no Senado, que os fatores que levaram a estatal ao prejuízo registrado no segundo trimestre, de R$ 1,346 bilhão, não se repetirão e que “se sente constrangida” com o valor das ações da companhia atualmente. “É constrangedor quando a gente conversa sobre o valor das ações, elas estão muito, muito abaixo do valor real”, ressaltou Foster.

A executiva também afirmou que vai buscar elevar os valores (das ações) da estatal a um patamar “justo” e que continuará trabalhando para que haja convergência de preços dos combustíveis no Brasil. “Trabalhamos pela convergência. Não acreditamos que a paridade imediata seja saudável para o país”, disse Foster.

Para Foster, diversos fatores causaram a enorme perda da companhia, como a alta do dólar, que impactou o endividamento da empresa; a queda nas exportações; a baixa de 41 poços secos e o preço de derivados no mercado brasileiro. "Acreditamos que esse resultado não se repetirá pelas mesmas razões. É improvável que todos esses efeitos aconteçam novamente", afirmou.

A presidente da estatal também apontou que a empresa registrou, desde 2002, crescimento superior perante suas concorrentes na produção de gás e petróleo. Segundo Foster, a empresa investiu R$ 38 bilhões no primeiro semestre de 2012 e o orçamento da Petrobras prevê chegar a R$ 87,5 bilhões até o final do ano.

Participação nos leilões

Durante a audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado, Graça Foster, afirmou que será muito importante para a estatal as novas rodadas de licitações do pré-sal. "Para a Petrobras ter novas áreas, as licitações têm que acontecer", afirmou Graça. Segundo a executiva, a expectativa é grande referente aos leilões. "Estou anciosa por notícias de leilões para a exploração de petróleo, especialmente de poços de terra do pós-sal", concluiu a presidente da Petrobras.

Fonte: Estadão