segunda-feira, 16 de julho de 2012

Petrobras vai investir em plataformas submarinas


Algo que hoje parece mais um trecho de um livro ou filme de ficção científica poderá tornar-se uma tendência para o setor de petróleo em alguns anos: plataformas totalmente submersas. Esse será um dos focos dos trabalhos feitos pelo Centro de Pesquisas & Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.

O gerente-executivo do Cenpes, Marcos Assayag, acredita que os projetos de sistemas submarinos de produção de petróleo poderão virar uma realidade entre 2020 e 2030. Ele adianta que as plataformas submarinas deverão ser automatizadas e controladas da costa. O dirigente acrescenta que já se avalia a alternativa de trazer a inteligência envolvida com a exploração de petróleo para a terra e fazer o controle à distância.

Assayag salienta que projetar plataformas submersas é uma questão econômica. “Todo o esforço que fazemos é para reduzir o custo de produção e melhorar a rentabilidade”, afirma. De acordo com ele, é necessário pensar no futuro para desenvolver tecnologias que serão aproveitadas em longo prazo. Para isso, são feitas análises de cenários e de tendências tecnológicas.

“Precisamos conhecer com detalhes e desdobrar o plano de negócios da Petrobras para gerar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) adequados e alinhados com o planejamento”, destaca Assayag. Além das plataformas submersas, o Cenpes promoverá estudos envolvendo veículos autônomos submarinos, perfuração a laser, nanomateriais, entre outros.

A perspectiva do salto de produção de petróleo com o pré-sal justifica os investimentos da Petrobras em P&D, que nos últimos anos encontram-se em patamares bem elevados. De 2009 a 2011, a estatal investiu cerca de US$ 3,1 bilhões em P&D, sendo que 47% desses recursos foram aplicados em projetos ligados à área de exploração. Somente no ano passado, a companhia desembolsou US$ 1,454 bilhão, sendo superada, entre as empresas de energia, apenas pela PetroChina, que aportou US$ 2,056 bilhões. Para 2012, a Petrobras prevê investimentos semelhantes ao período anterior.

Assayag ressalta que as oportunidades da cadeia do petróleo e gás apresentam-se para todas as regiões do Brasil, mesmo aquelas que não possuem produção, como é o caso do Rio Grande do Sul. “O Estado está tendo atitudes e comportamento de uma indústria que quer entrar nesse segmento”, aponta o dirigente. Ele acrescenta ainda que está impressionado com o crescimento do município de Rio Grande devido ao polo naval. Assayag deverá vir a Porto Alegre no dia 24 deste mês para palestrar na Fiergs sobre as potencialidades do segmento de petróleo e gás.


Fonte: JC / RS

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