Depois do anúncio de reajuste do preço do diesel em 6%, as ações da Petrobras fecharam a semana passada em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Com uma valorização de 5%, as ações da petrolífera alavancaram um aumento de 1,70% no Ibovespa, índice que mede o desempenho das ações negociadas na Bovespa.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, os investidores comemoraram o aumento no preço do combustível e o fato de a presidente da Petrobras, Graça Foster, ter conseguido negociar a alta com o governo. “Sem dúvida, garante uma maior credibilidade para Graça Foster, que, depois de sofrer bastante pressão nas últimas conversas com investidores conseguiu negociar o aumento com o governo”, afirma o relatório da Credit Suisse, produzido pelos analistas Emerson Leite e Andre Sobreira.
Segundo os analistas do Bank of America Merril Lynch, Frank MacGann e Conrado Vegner, o reajuste no preço do diesel foi positivo para o mercado, diferente dos aumentos anunciados no mês passado. Em 22 de junho, a Petrobras reajustou o preço do diesel em 3,84% e o da gasolina em 7,83%, o que ocasionou uma queda de 8% nas ações da estatal na Bovespa.
Os reajustes nos preços dos combustíveis têm como objetivo aumentar o caixa da Petrobras. Para o jornal O estado de S. Paulo, “o impacto anualizado dos dois reajustes de diesel e gasolina concedidos na gestão Graça poderiam somar R$ 8 bilhões para o caixa da empresa”.
Etanol anidro e gasolina
A estatal também considera outras estratégias para manter o caixa da companhia positivo. Uma delas é o aumento da mistura do etanol anidro na gasolina, passando de 20% para 25%. De acordo com o jornal Brasil Econômico, a maior proporção de anidro na gasolina ainda é dúvida, já que a disponibilidade do combustível é incerta.
Ainda segundo a publicação, para o diretor da Archer Consulting, Arnaldo Corrêa, “um aumento da mistura seria bem-vindo, mas um dos empecilhos para a medida é a falta de planejamento do governo. Isso porque várias empresas, buscando preços melhores, fecharam muitos negócios de etanol para exportação, o que reduz a oferta interna”.
Fonte: NN - A Mídia do Petróleo
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