quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio+20: Documento final empurra as decisões para 2014 e 2015


O documento final da Rio+20 foi aprovado no final da manhã de ontem (19), pelo plenário dos delegados de 193 países reunidos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Riocentro. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o documento final encontrou forte oposição da União Europeia, que o classificou de “muito tímido” e terminou sendo aprovado com 283 parágrafos em 49 páginas. O secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, se mostrou desapontado com o texto final aprovado e desabafou: “é o melhor que podemos ter no momento”.


A União Europeia acabou concordando com a fixação de um financiamento para ações dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nos países mais pobres, porém exigiu dos países emergentes como Brasil e China – os quais são considerados economias pobres pelos europeus - que entrem no esforço do financiamento. Uma comissão será formada por representantes dos países participantes do evento, para definições do texto-base “O Futuro que Queremos”, que será empurrado para 2014 e 2015.

De acordo com as últimas informações, um Fórum Global para Sustentabilidade será criado, porém ainda não se sabe qual é a relevância deste projeto diante do Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). O documento final apresenta em sua atual estrutura, propostas sobre financiamentos, definições para economia verde e sustentável, conceitos de “responsabilidades comuns, mas diferenciadas” e diversas falhas nas questões sociais, ecológicas e ambientais.

A presidente Dilma Rousseff classificou a aprovação do texto final na Rio+20, como "uma vitória do Brasil”. Em rebate às críticas apresentadas, Dilma defendeu que nunca um encontro ambiental desta magnitude começou oficialmente com um texto aprovado. “Em Copenhagen, era impossível tirar um documento. Eu acredito que o documento da  Rio+20, ao contrário, é um grande avanço, uma vitória. É difícil construir o consenso entre 17 países. Estamos vendo isso na (zona do euro) da União Européia. Mas nós estamos fazendo isso (chegar ao consenso) na Rio+20”, completou Dilma.

Ao final da plenária no Riocentro, o ministro Antonio Patriota, declarou que o fechamento do documento foi considerado uma vitória do multilateralismo.  “Chegamos aqui com 30% do texto acordado e hoje temos um texto 100% acordado por 193 países”, disse.


Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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