quinta-feira, 21 de junho de 2012

Agora, Lobão admite reajustar preços dos combustíveis


Num discurso sobre mudanças em relação as declarações anteriores, o ministro Edison Lobão admitiu ontem (20). a preocupação do governo com os efeitos do congelamento nos preços dos combustíveis para o caixa da Petrobras. A declaração se somou às recentes defesas da presidente da Petrobras, Graça Foster, sobre a necessidade de reajuste nos preços dos combustíveis, embora ainda não tenha previsão da data para o aumento.


A executiva já tinha exposto o seu desejo em aumentar os preços nas bombas de combustíveis, principalmente devido as sucessivas altas do preço do barril internacional. Para Graça, os futuros reajustes serão necessários para que a estatal venha a executar o  novo Plano de Negócios, no valor de US$ 236,5 bilhões no período de 2012/16, divulgado na semana passada, em Brasília.

“O Brent (tipo de barril de petróleo) desceu um pouco. O dólar, que vinha em R$ 1,6, R$ 1,65. Está estável em torno de R$2. É necessário, sim, que haja reajuste de combustíveis”, disse Graça na semana passada, questionada por jornalistas, no Rio de Janeiro. Como e quando esse reajuste será repassado para os consumidores, a presidente preferiu não estipular uma data. “Não posso dar uma data porque não tenho uma”, afirmou Graça.

De acordo com a presidente da estatal, os investimentos do Plano de Negócios não serão afetados, caso o aumento dos preços não aconteça neste ano. Segundo o jornal Estado de SP, o novo Plano de Investimentos que será esmiuçado no próximo dia 25, trará uma recomendação de reajuste de 15% na remuneração que a Companhia recebe por seus combustíveis, porém a mandatária não confirmou a recomendação. “As recomendações que são feitas em vários segmentos do plano são reveladas na hora em que a gente abre o plano”, disse.

No mês passado, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, defendeu que houvesse um reajuste quando o preço do barril de petróleo no mercado internacional batesse US$ 130. Hoje, o barril do Brent está em US$ 95. Na divulgação do resultado financeiro no mês passado, o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa afirmou desconhecer o patamar estipulado pelo ministro.

O governo como controlador da Petrobras, que tem como presidente de seu Conselho de Administração o ministro da Fazenda, Guido Mantega tem autonomia para repassar esses valores às bombas de combustíveis. Conforme informações divulgadas na imprensa, o último reajuste de preços (10% para a gasolina e 2% para o diesel) ocorreu em novembro do ano passado, mas foi compensado pela redução da Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) pelo governo, de forma que não houve impacto de preços nas bombas. A redução da Cide, no entanto, se encerra no fim deste mês.


Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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