Apesar de boas notícias, com vários anúncios de novas descobertas de petróleo, as ações e o valor de mercado da Petrobras têm caído na Bolsa. A pressão sobre o caixa da companhia fez com que a presidente da estatal, Graça Foster, virasse alvo de críticas dos investidores, os quais alegam que o declínio na Bolsa - que bate os 26% - vem ocorrendo desde que Graça assumiu a presidência da estatal, em 13 de fevereiro.
Em relatório distribuído ontem (26) pela Itaú Corretora, constam opiniões que expressam certa desaprovação da gestão de Foster no mercado: “A sessão confirma a nossa tese inicial: enquanto a Petrobrás administrada por Foster e seu time é definitivamente uma melhor companhia e dois fatores permanecem, onde não podemos lutar contra os números (levará um tempo até que vejamos resultados tangíveis da nova administração) e os acionistas controladores da empresa continuam os mesmos", destacou o documento assinado pelos analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, da Itaú Corretora - informou o jornal Estado de SP.
Segundo especialistas, outros motivos relevantes também afetaram os papéis da estatal, como a saída dos investidores estrangeiros, o novo reajuste de preços dos combustíveis e o Plano de Negócios 2012/2016, com metas menos ambiciosas. Ainda conforme especialistas, investir em ações da Petrobras neste momento é um risco. “Quem não vendeu ações da Petrobras após forte baixa na Bolsa nos últimos meses, deve manter o papel para evitar assumir maiores prejuízos”, dizem analistas.
Ontem (26), as ações da Petrobras tiveram uma queda de quase 9%. A presidente da estatal, Graça Foster, declarou que revisou o plano da empresa e as metas anteriores eram irrealistas, perante o novo Plano de Negócios. “Ainda que essa conversa tenha chocado o mercado num primeiro momento, é saudável. É melhor que faça uma revisão e seja sincera. Esse freio de arrumação é bom até para saber quais são os programas da Petrobras daqui para adiante”, ressaltou Graça.
De acordo com o último levantamento feito pelos analistas, caso os ativos da Petrobras voltem a subir, as ações terá como resistência (ponto que, se superado, indica a possibilidade de continuidade de movimento de alta da ação) o valor de R$ 20,15. Para a presidente da Petrobras, tudo é uma questão de tempo. “Há muitos anos o valor da gasolina não era reajustado para as distribuidoras, apesar do aumento do petróleo no mercado internacional, tudo entrará no eixo”, disse Graça.
Fonte: NN - A Mídia do Petróleo
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