A Petrobras anunciou na última sexta-feira (22), um reajuste de 7,83% para a gasolina e 3,94% para o óleo diesel, vendidos em refinaria a partir de hoje (25). O aumento não será repassado para o consumidor porque o governo zerou a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide, imposto cobrado aos combustíveis). Desta forma, a estatal poderá recompor parte de sua defasagem nos preços dos combustíveis em relação ao mercado internacional, uma vez que os valores financeiros com as importações são maiores que os produtos vendidos internamente. Com o reajuste, a Petrobras aumentará sua receita em R$ 420 milhões mensais.
O Ministério da Fazenda comunicou em nota, a redução do tributo para zero como medida de neutralizar os impactos dos reajustes nos preços da gasolina e do diesel, anunciados pela Petrobras. De acordo com o informativo, “os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento”.
O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Aluísio Vaz, afirmou em entrevista ao jornal O Globo, que esse aumento “não trará impacto algum nos preços finais aos consumidores, caso o reajuste seja integralmente absorvido pela Cide”.
Com o anúncio do reajuste dos combustíveis, o governo incentiva mais uma vez o consumo de combustíveis fósseis no Brasil. Mantendo o valor da gasolina com preços subsidiados, o governo inviabiliza a competitividade do álcool, sendo o mesmo, um combustível renovável e mais limpo.
A perspectiva é que hoje (25), a Petrobras realize um detalhamento do seu plano estratégico, o qual expressa a necessidade do aumento no faturamento da estatal em 15%, como forma de garantir o financiamento do plano de investimentos, estipulado em US$ 236, 5 bilhões, para o período de 2012-2016.
Fontes: O Globo e Estadão
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