terça-feira, 26 de junho de 2012

Mais realista, Petrobras reduz meta de produção de petróleo


A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (25) uma redução de suas projeções de produção para 2020 de 4,91 milhões de barris de petróleo diários para 4,2 milhões. Segundo a presidente da estatal, Graça Foster, a meta de produção da empresa não era realista e os números estavam ousados demais.


Durante a apresentação do plano de negócios da companhia para o período de 2012 a 2016, que prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões, Graça Foster, reforçou que a empresa historicamente não cumpre a meta de produção e que essa tem sido a leitura e o discurso de muitos dentro da companhia também.

“Verificamos exatamente que nesses oito planos de negócios, não temos cumprido nossa meta de produção. Temos, como uma de nossas conclusões que nosso plano esteja sendo trabalhado em metas ousadas, que se mostraram ano a ano metas não realistas”, disse.

A nova projeção aponta uma produção de 2,5 milhões de barris diários para 2016, enquanto o plano anterior previa que a Petrobras chegaria em 2015 com uma produção diária de 3,07 milhões de barris de petróleo.

Gasolina precisa de reajustes

De acordo com Foster, os preços dos combustíveis precisam de novos reajustes ao longo dos próximos anos para a Petrobras conseguir realizar os investimentos previstos no plano.

"O reajuste dos combustíveis que entrou em vigor nesta segunda-feira nas refinarias - a gasolina foi reajustada em 7,83% e o óleo diesel aumentou em 3,94%, sem efeito nas postos - não elimina totalmente a defasagem dos preços praticados no Brasil em relação ao mercado internacional, mas ajudará a companhia a seguir com seu programa de investimentos.

Segundo a presidente da Petrobras, os investimentos do PN 2012-2016 serão realizados contando com a redução de custos na sua realização, o preço do petróleo, os atrasos nas obras, além dos preços dos combustíveis.


Investimentos PN 2012-2016:

- Exploração e Produção (E&P) - US$ 131,6 bilhões, sendo 68% (89,9) no desenvolvimento da produção; 19% (25,4) para exploração e 12% (16,) em infraestrutura.

* Os investimentos no pré-sal correspondem a 24% do valor total do exploração (US$25,4 bilhões), o pós-sal 69% e a cessão onerosa 8%. Com relação ao valor total do desenvolvimento da produção, o pré-sal corresponde a 49%, pós-sal 35%, e cessão onerosa 18%.

- Internacional - US$ 6 bilhões, considerando os projetos em implantação, com ênfase no segmento de E&P que representa 90% dos investimentos.

- Abastecimento - US$ 71,6 bilhões, com destaque para ampliação do Parque de Refino (44%) com os projetos que entrarão em operação até 2016: a Refinaria Abreu e Lima e o 1ª trem de refino do Comperj.

- Gás e Energia - US$ 13,5 bilhões, dos quais US$ 7,7 bilhões alocados em projetos em implantação, cujo foco é a expansão/ transformação gás-química.

- Distribuição - US$ 3,3 bilhões, com destaque para os projetos de logística (43%).

- Biocombustíveis - US$ 2,5 bilhões, dos quais US$ 1,2 bilhão alocado em projetos em implantação e aquisições (90% dos investimentos está relacionada aos projetos de etanol).


Fonte: TN Petróleo

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