A presidente da Petrobras, Graça Foster, defendeu que o reajuste nos preços dos combustíveis será necessário para que o plano de negócios da estatal de US$ 236,5 bilhões seja executado no período de 2012 a 2016. “O Brent (tipo de barril de petróleo) desceu um pouco. O dólar, que vinha em R$ 1,6, R$ 1,65. Está estável em torno de R$2. É necessário, sim, que haja reajuste de combustíveis”, explicou Graça, no Fórum de Sustentabilidade Corporativa da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Sustentabilidade, no Rio de Janeiro.
Indagada sobre quando o reajuste será repassado para os consumidores, a presidente preferiu não estipular uma data. “Não posso dar uma data porque não tenho uma”, afirmou Graça. Seguindo a presidente, o plano de negócios será detalhado no dia 25 de junho, quando está marcada uma reunião com analistas e imprensa. De acordo com Graça, os investimentos do plano de negócios não serão afetados caso o aumento dos preços não aconteça este ano.
“Este ano nós vamos fazer certo e líquido, R$ 11 bilhões a mais do que fizemos no ano passado. Não há nenhum compromisso, nenhuma perda de capacidade de investimentos para 2012. Ela (produtividade) está garantida”, afirmou a presidente da Petrobras.
Na última quinta-feira (14), a Petrobras divulgou seu Plano de Investimentos que pretende aumentar em 5% os recursos financeiros no período 2012/16.
Lobão havia negado reajuste
Dois dias antes dos esclarecimentos de Graça Foster, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, havia negado a possibilidade de reajuste dos preços dos combustíveis. Segundo Lobão, o governo não cedeu “à pressão de reajustar quando o preço do petróleo subiu, e agora não há mais esta pressão”, declarou.
Fontes: O Globo e Agência Estado / Foto: Divulgação
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