A eficiência da Bacia de Campos está em declínio. A Petrobras prever menos 1 milhão de barris diários de petróleo na nova curva de produção. A informação partiu da presidente da empresa, Graça Foster, ontem, em evento para detalhar o plano de negócios para o período 2012-2016. Anteriormente, era projetada uma queda de 700 mil barris diários. Represente da Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) confirma que a projeção da estatal preocupa, principalmente, com indenizações como royalties e participação especial. A Bacia de Campos já foi responsável sozinha por 86% do petróleo na-cional, com patamar hoje em 80%.
Segundo Foster, sua primeira ação à frente da Petrobras foi revisar as metas de produção, e agora os objetivos são realistas. “Com isso, no novo orçamento da Petrobras, US$ 90 bilhões vão para desenvolvimento da produção e US$ 25 bilhões para exploração”, disse o diretor de Exploração e Produção da estatal, José Formigli. Ele afirmou ainda que a empresa tem 19 novos projetos de produção de petróleo até 2016 e 38 projetos previstos até 2020.
No curto prazo, entretanto, a companhia terá que lidar com atrasos nas entregas das sondas. Metade das 14 sondas esperadas pela Petrobras para este ano estão atrasadas, disse o diretor de Exploração e Produção.
O secretário da Ompetro e secretário municipal de Desenvolvimento e Petróleo de Campos, Marcelo Neves, ressalta que a Bacia de Campos vem sendo explorada desde a década de 70, por isso, é compreensível que alguns dos seus campos estejam maduros, o que significa uma redução na exploração, o que confirma a projeção da Petrobras. “Ao mesmo tempo, isso também está acontecendo porque com a questão da partilha dos royalties emperrada no Congresso impede que novos campos sejam licitados. Em junho, o repasse dos royalties já sofreu uma queda de 4,4%, mas deve ter uma melhora no segundo semestre, com o aumento no valor do barril no mercado internacional”, avalia Marcelo Neves.
Fonte: Folha da Manhã
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