Petrobras quer “metas realistas” para novo Plano de Negócios

Em teleconferência realizada ontem (17) para analistas, a diretoria da Petrobras informou que o seu novo Plano de Negócios, será apresentado em Agosto deste ano – comandado pela presidente Graça Foster. O intuito é de anunciar o plano em conjunto com as novas metas de produção de petróleo e gás da empresa. O diretor de Exploração e Produção da estatal, José Fromigli, informou que pretende se basear em “metas, o mais realista possível”. Uma revisão do atual sistema de produção também foi discutida em  reunião com os diretores da empresa.

Uma das principias diretrizes de estudo do novo Plano de Negócios é a Bacia de Campos (RJ), que corresponde a 80% do petróleo extraído pela estatal. O diretor financeiro e de Relações com Investidores da empresa, Almir Barbassa, disse que a diretoria deve estar reavaliando os ativos para realizar uma pesquisa aprofundada para informar o valor real dos investimentos. O executivo também esclareceu que, ainda espera a retomada do Campo de Frade para conseguir dar um direcionamento mais preciso sobre as metas deste ano.

Segundo Formigli, a Petrobras não tem muitas condições de reverter o quadro no qual se encontra o campo de Frade – a produção está suspensa desde o início deste ano, após o novo vazamento de petróleo na região. “Estamos aguardando o fim das discussões entre a Chevron e a ANP”, relatou o diretor de Exploração e Produção da Companhia.

Sobre as atividades no pré-sal, Formigli divulgou que a pretensão da estatal é terminar este ano, com 20 equipamentos de perfuração na área. Atualmente, a empresa possui 13 sondas de perfuração operando no pólo do pré-sal, na Bacia de Campos. A Petrobras informou que o projeto piloto do campo de Lula, na Bacia de Santos, alcançou 94 mil barris diários de petróleo no primeiro trimestre do ano.

Valor dos combustíveis 

Em conversa com analistas estrangeiros, Almir Barbassa, apoiou a permanência da atual política de reajustes da estatal, que se concentra no acompanhamento a longo prazo. “A Política da Petrobras é manter os preços locais estáveis, sem acompanhar a volatilidade dos preços no mercado externo”, esclareceu o diretor Financeiro, informando que esta medida é uma política da empresa - destacando a queda do preço do petróleo nos últimos dias.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo