sexta-feira, 27 de abril de 2012

Presidente da Petrobras parte em defesa da Petrobras na Argentina


Enquanto participava, ontem, de uma audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara, a presidente da Petrobras, Graça Foster, fez duras críticas à suspensão do direito exploratório sofrida pela subsidiária estatal na Argentina.



Graça ratificou que a Petrobras cumpriu todo o plano de desenvolvimento previsto no contrato de concessão firmado com o governo de Neuquém – na Argentina, as províncias são responsáveis pela concessão de poços de áreas de exploração – e, caso não seja permitida a retomada da atividade, vai travar um debate caliente (quente, em espanhol) com a Argentina.

“Será bastante caliente bastante aquecida a discussão com a Argentina em relação àquilo que nós entendemos que não devemos perder, porque cumprimos o conteúdo exploratório, o programa exploratório exigido”, disse Graça ao jornal Folha de S. Paulo.

Sem citar a Argentina, a executiva voltou a tranqüilizar os players do setor de óleo e gás ao afirmar, na Comissão, que o Brasil garante segurança jurídica aos investimentos. “Não rasgaremos contratos, como acontece em outros países. É seguro investir em petróleo e energia no Brasil”, disse.

 No início deste mês, Graça foi questionada por executivos sobre a situação na Argentina, durante encontro promovido pelo Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP, associação empresarial do setor). Ela salientou que o Brasil não tem histórico de quebras de contrato com petroleiras.

Investimentos estão mantidos, mas sem previsão de aumento

Segundo Graça, os investimentos previstos para o desenvolvimento da campanha exploratória em Neuquém estão mantidos, contudo, não há previsão de ampliar a remessa de recursos para o país vizinho. “Não há indícios hoje de que vamos aumentar investimentos além do previsto há um ano, quando aprovamos o plano de negócios 2011-2015”, disse Graça em referência ao R$ 224 bilhões que a estatal pretende investir no quadriênio.

Na última semana, o interventor e ministro do Planejamento argentino, Julio De Vido, esteve em Brasília e pediu mais investimentos da Petrobras em seu país. De Vido disse que as negociações para reverter com o governo de Neuquém estão "avançadas". O ministro brasileiro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse, no dia do encontro com De Vido, que a intenção do Brasil era investir o máximo na Argentina. Contudo, segundo informações publicadas na Folha, a Petrobras investe R$ 500 milhões na Argentina e o governo brasileiro decidiu não altrerar os planos de investimento da estaal este ano. A prioridade é o pré-sal, relatou o jornal.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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