sexta-feira, 27 de abril de 2012

Graça Foster revisa patamar para reajuste da gasolina


A presidente da Petrobras, Graça Foster, revisou as previsões de reajuste dos preços da gasolina, no Brasil. Ontem, a executiva afirmou que se a cotação do barril de petróleo tipo Brent ultrapassar US$ 130 no mercado internacional será impossível manter os preços do combustível praticados pela estatal.

O preço de US$ 130 representa uma revisão nas projeções de reajuste anunciadas por Graça. Logo, que assumiu a presidência da Petrobras, Graça disse que a Estatal não cobraria mais pela gasolina apenas para repassar os sucessivos aumentos de preço do valor barril de petróleo, mas reajustaria visando a segurança dos investimentos planejados pela companhia.

“Esse valor tão alto é muito ruim para o desenvolvimento das economias. Porque é inexorável, impossível (...) que a gente não repasse, para o preço futuros, patamares, caso esse Brent caminhe nas proporções apresentadas por alguns previsores”, afirmou Graça, ontem, ao jornal Folha de S. Paulo.

No início de sua gestão, a presidente ainda disse que o reajuste aconteceria quando o Brent chegasse à US$ 120 por barril. Este mês, Graça afirmou durante coletiva de imprensa no Rio, que a Petrobras elevou para US$ 119 a previsão de preço médio do Brent em 2012. Em 2011, a commodity foi negociada, em média, a US$ 111, um aumento de 38,75% frente a 2010, quando a média ficou em US$ 80 por barril.

Críticas a ingerência do governo são rebatidas com participação do mercado

O governo é criticado por alinhar a políticas de preços de combustíveis da Petrobras com a conjuntura econômica do país. A justificativa para a manutenção do preço da gasolina seria, então, evitar pressões inflacionárias. O preço do Brent iniciou sua trajetória de alta no ano passado, quando a equipe econômica do governo lutava para derrubar os índices de inflação, que fechou no teto da meta, em 6,5% no ano.

Por outro lado, Graça Foster defende que a manutenção dos preços não ameaça os investimentos da companhia – estes estariam garantidos para este ano – e, por outro ângulo, traz o benefício de ampliar a participação da empresa no mercado brasileiro de combustíveis. “Não chegamos a um ponto de estrangulamento”, disse Graça à Folha.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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