quarta-feira, 11 de abril de 2012

Petroleiras tentam recuperar posição na Argentina

NEGOCIAÇÃO  Prejudicadas pela suspensão de direitos exploratórios na Argentina, as petroleiras Petrobras e Repsol-YPF tentarão, nesta terça-feira, 10, avançar no diálogo com o governo daquele país. As empresas são acusadas de descumprir metas de investimento com conseqüente perda de produção de petróleo e gás. A YPF, maior petroleira na Argentina (de capital, majoritariamente, espanhol) perdeu o direito sobre 13 áreas de exploração, em seis diferentes províncias argentinas – entre elas, Neuquém, na qual a estatal brasileira possuía contratos de concessão.





REUNIÃO  Em Buenos Aires, está marcada para esta tarde uma reunião entre diretores da Petrobras, o ministro argentino de Planejamento, Julio De Vido e, representado a província de Neuquém, o ministro de Energia e Meio Ambiente, Guilhermo Coco. Na Argentina, as províncias têm autonomia sobre as áreas de exploração de petróleo e gás. As informações são do jornal La Mañana, de Neuquém.

DEFESA  Na semana passada, a Petrobras respondeu a suspensão informando, por meio de nota, que cumprira com todas as obrigações de um concessionário. Contudo, a decisão do governador de Neuquém, Jorge Sapag, foi reafirmada pelo subsecretário de Hidrocarbonetos da província, Héctor Mendiberri. “Vamos escutar os argumentos da empresa, mas ratificamos nossa posição”, disse ao La Manãna.

ESPERA  Quanto a Repsol-YPF, a petroleira informou que o seu presidente, Atonio Brufau, está em Buenos Aires para continuar o diálogo com o governo argentino, esperando ser recebido pelas autoridades locais.  Por meio de nota, a YPF argumentou que a continuidade de seu Programa de Desenvolvimento Exploratório e Produção 2010-1014 reitera sua vocação em contribuir com o desenvolvimento do país. Segundo a companhia, foram investidos 13,3 bilhões de pesos (R$ 5,44 bilhões) na Argentina, em 2011 e 15 bilhões de pesos (R$ 6,27 bilhões) estão previstos para este ano.

COMPRA  Segundo a AFP, citando fontes, um analista do setor disse que a intenção do governo é derrubar o preço das ações da  YPF para, em seguida, comprá-las e controlar a companhia. O revés pelo qual passam a Petrobras e a YPF refletiram no valor de mercado das companhias. Ainda segundo a AFP, os papéis estão em queda na Bolsa de Valores de Buenos Aires, a YPF perderam 2% e da Petrobras, -4,7%, no pregão desta segunda-feira, 09.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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