Ao final de um ano de turbulência no mercado financeiro global, puxada pela crise de endividamento na qual se encontram países da Zona do Euro, a Petrobras foi acometida pela segunda maior desvalorização de ativos financeiros no ano. O valor de mercado da petrolífera, ou seja, o produto da multiplicação de todas as ações da empresa pelo preço que elas são negociadas na Bolsa de Valores, fechou em R$ 156,48 bilhões de dólares - uma perda de R$ 72 bilhões no ano -, segundo levantamento da Bloomberg.
Os papéis ordinários da companhia (Petrobras ON, com direito a voto), caíram de R$ 32,29 para R$ 28,80, uma retração de 22,21%. As ações preferenciais (Petrobras PN, com direito a voto), foram de R$ 27,80 para R$ 21,29, uma queda de 18,32%. Nos dois casos, a perda percentual foi maior do que a registra na Bovespa, de 18,11%. O resultado tirou da estatal brasileira o posto de terceira maior petrolífera, em valor de mercado, no mundo, caindo para a quinta posição. Exxon Mobil, de capital aberto e a estatal chinesa, Petrochina, continuaram ocupando, respectivamente, as primeira e segunda colocações.
Passaram a Petrobras, a Royal Dutch Shell, anglo-holandesa na quarta posição e a Chevron, empresa estadunidense que, em 2011, contabilizou R$ 211,89 bilhões em ativos, um vazamento de quase 3 mil barris de petróleo na Bacia de Campos e um processo por danos ambientais no Uruguai. A britânica BP vem logo depois da Petrobras e completam a lista das dez maiores, Gazprom (russa), Total (francesa), China Petroleum (chinesa) e CononoPhlilips (estadunidense), respectivamente.
O mercado entendeu, conforme publicado no jornal o Globo, citando fontes, que a derrubada nos preços das ações da Petrobras foi influenciada, além da crise, pelo pesado plano de investimento colocado em prática pela companhia, mas que ainda não conquistou a confiança dos investidores. Um analista ouvido pelo jornal lembrou a produção diária de petróleo ficou abaixo da meta de 2,1 milhões de barris/dia. A afirmação foi feita antes de a companhia divulgar o balanço final de 2011, o que deve ocorrer nesta semana.
Ainda segundo o Globo, o resultado divide analistas do setor. Uma parcela acredita que o valor de mercado da Petrobras será recuperado, mas a confiança não encontra unanimidade. O principal ponto a favor das ações da Petrobras citado na matéria é que o preço pode representar um bom momento de compra das ações.
NN Petróleo
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