sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

PF pretende indiciar Chevron e funcionários por vazamento



A Polícia Federal (PF) pretende indiciar por crime ambiental os funcionários responsáveis pela perfuração do poço que resultou no vazamento de petróleo na Bacia de Campos, assim como a própria Chevron, empresa operadora do Campo de Frade, onde ocorreu o acidente. A informação foi dada pelo delegado da Polícia Federal Fábio Scliar, responsável pelo inquérito sobre as causas do acidente.

O delegado explicou que até a próxima semana deverá concluir a fase de depoimentos e aguardará os laudos periciais. Mas, segundo ele, tudo indica que houve erro no planejamento da operação do poço.

— Estou estudando a possibilidade de indiciar não só os responsáveis, mas a própria empresa — destacou Scliar.

Vazamento está menor, mas não acabou

O vazamento, que começou há um mês (provavelmente no dia 7 de novembro), ainda não acabou. Embora a companhia tenha fechado o poço no dia 13 do mês passado, continua vazando óleo residual. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) calcula que, atualmente, o volume derramado seja de três barris diários.

Segundo a ANP, a maior parte do óleo está sendo recolhida por dois sistemas de coleta submarinos, desenvolvidos pela Chevron e aprovados pela agência. A agência calcula que vazaram até agora entre 2.200 a 2.900 barris de petróleo. O maior vazamento de petróleo ocorrido no Brasil foi causado pela Petrobras na Baía de Guanabara, em 2001, num total de 8.200 barris.

A Chevron informou que continua no processo de cimentação do poço para o seu abandono. A empresa voltou a garantir que o óleo que vaza é residual. Segundo a companhia, as bolhas de óleo na superfície são em número cada vez menor, difícil até de se quantificar o volume. A estimativa da empresa é que a mancha de óleo equivale a menos de um barril.

Fonte: Folha da Manhã

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