quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vazamento de óleo na Bacia de Campos já pode ter chegado a 650 barris

A Chevron Brasil Petróleo Ltda divulgou nota neste sábado (12/11) que mostra um aumento considerável e que pode estar 10 vezes acima do primeiro boletim, no volume de óleo na superfície, no campo do Frade, que fica localizado a 370 km a Nordeste da costa do Rio de Janeiro, em lâmina d’água de cerca de 1.200m, na Bacia de Campos.

De acordo com as informações passadas no dia do vazamento (aqui) que ocorreu na quinta-feira (10/11) e baseadas por meio de sobrevoos da área, o volume estimado era de 10 metros ou cerca de 60 barris de petróleo.

Mas, neste sábado, depois de a Presidente Dilma Rousseff divulgar nota (aqui) oficial através da assessoria da Presidência da República, onde exigiu que uma ampla investigação seja feita para se descobrir as razões pelo vazamento, a empresa deu informações atualizadas e com um salto nos dados, onde agora estima-se também através de sobrevoo na área, de que o volume total na superfície é estimado entre 64 a 104 metros (antes era de 10) cúbicos ou entre 404 a 650 (antes era de 60) barris.

A empresa informou ainda que “continua tomando medidas para combater exsudações e subsequente mancha de óleo localizada nas proximidades do campo Frade, trabalhando com os parceiros da indústria e está coordenando uma frota de navios de apoio enviados para dar suporte à operação, controlar a mancha e minimizar qualquer impacto ambiental”.

Ainda segundo a nota da empresa “Investigações mais detalhadas, realizadas por um veículo submarino operado à distância, revelaram a existência de algumas exsudações de óleo nas proximidades das operações de perfuração do Campo Frade. Esses pontos de exsudação são a fonte da mancha de óleo na superfície”.

Como medida de precaução a Chevron suspendeu temporariamente as atividades de perfuração no Frade e fechou o poço que estava sendo perfurado na proximidade dessas exsudações. As investigações sobre as causas das exsudações e da mancha continuam.

Uma inspeção realizada nas instalações do Frade mostrou que as atividades de produção não estão relacionados com as exsudações e a mancha, e a produção do campo foi mantida, garantiu a empresa.


PRODUÇÃO INICIADA EM 2009Segunda maior petrolífera dos EUA, a Chevron iniciou em junho de 2009 a produção de óleo cru no campo de Frade, na bacia de Campos, o primeiro desenvolvimento em águas profundas operado pela empresa no Brasil.

Estimado em US$ 3 bilhões, o projeto teve início com o planejamento de atingir o pico de produção de 90 mil barris diários de óleo cru e gás natural liquido em 2011.

Descoberto pela Petrobras em 1986, o campo está situado na Bacia de Campos, numa lâmina d’água de cerca de 3.700 pés (1.128 m), a aproximadamente 230 milhas (370 km) a nordeste do Rio de Janeiro. O óleo no campo é do tipo pesado, com cerca de 18 graus API.

No desenvolvimento submarino de Frade, os poços estão ligados a um FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) com capacidade de processar 100.000 BOPD e armazenar 1,5 MM de barris de óleo. A exportação do óleo é feita por intermédio de navios-tanques, enquanto o gás natural transportado através da infraestrutura local de gasodutos.

Características do Projeto FradeLocalização: Bacia de Campos, 230 milhas (370 km) a nordeste do Rio de Janeiro
Profundidade: 3.700 pés (1.128 m)
Parceiros: Chevron (51,74%), Petrobras (30%) e Frade Japão Petróleo Limitada (FJPL), com 18,26%.

Capacidade de produção do FPSO e especificações da produçãoPrograma de Perfuração
12 poços produtores horizontais
7 poços injetores de água

FPSOConvertido de um VLCC (very large crude carrier)
Comprimento: 337 m
Largura: 54,5 m
Profundidade: 28 m
Líquidos (BLPD)        150.000
Óleo (BOPD)            100.000
Gás (MMSCFD)        36
Elevação com gás (MMSCFD)    87
Água produzida (BWPD)    130.000
Injeção de água (BWPD)    150.000
Gravidade API            19-22


Ururau

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