O senador Lindbergh Farias afirmou nesta quarta-feira (16/11), em plenário, que todo o trabalho de pacificação do estado do Rio de Janeiro vai ser prejudicado caso a nova distribuição dos royalties do petróleo seja aprovada. Lindbergh comemorava a retomada da favela da Rocinha pelas forças policiais e a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), que em sua opinião mudaram a realidade do estado.“Toda a política de segurança pública está em cheque por causa da redistribuição dos royalties”, disse.
Segundo o senador, serão retirados do orçamento do Rio de Janeiro cerca de R$ 3,3 bilhões já no próximo ano, e isso será um baque para as políticas públicas. O parlamentar mencionou dados a respeito do crescimento do estado, sempre inferior à média brasileira desde a transferência da capital para Brasília, e agora, no momento em que o Rio "está lutando e melhorando", a população do estado será prejudicada com a redução de recursos, lamentou.Lindbergh disse que o debate do projeto, no Senado, foi feito de forma mesquinha e enviesada, e que a cifra mencionada pelos representantes dos estados não produtores, de que haveria a geração de R$ 79 bilhões de royalties e participações especiais, foi inflada. Segundo o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, será de cerca de RS 56 bilhões, explicou o senador.
MANIFESTAÇÃO
Também na sessão desta quarta-feira, o senador Vital do Rêgo convidou a todos para uma grande manifestação em Brasília no próximo dia 30, a favor de novos critérios, para ele "igualitários e justos", para a distribuição dos recursos do petróleo entre todos os estados.
Ele espera que mais de cinco mil prefeitos compareçam à manifestação, que será precedida por manifestações em quase todos os municípios brasileiros no dia 25. O senador é autor do texto substitutivo, aprovado pelo Senado Federal, sobre o projeto de lei apresentado pelo senador Wellington Dias (PT-PI) sobre os recursos petróleo, tanto da camada pós-sal, com contratos em vigor, quanto da camada pré-sal.
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