sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Petroleiras começam a explorar novas rotas

ROTA  Com o derretimento do gelo do Polo Norte, o Oceano Ártico  - antes debaixo de uma camada de gelo – se tornou um mar de oportunidades para empresas que transportam mercadorias no Hemisfério Norte.  Em algumas rotas a viagem pelo região se tornou competitiva quando comparada à passagem da Europa para a Ásia pelo canal de Suez. Os números de dias de travessia pelo Ártico caíram pela metade. O primeiro uso dessa nova rota marítima, no entanto , é para dar suporte às indústrias que rumam para o Polo Norte, como as de mineração e exploração de petróleo.


ECONOMIA  Empresas como a norueguesa Tschundi e outros oito países relataram recentemente uma economia considerável ao usar a nova rota. A conta é de USD 300 mil dólares por viagem.  Em entrevista ao NN, o diretor de Novos Negócios da Empresa Verde Consultoria em Sustentabilidade, Gilbert Simionato, disse que, mesmo com as alegações de diminuição do tempo de travessia (cerca de 1 terço das rotas tradicionais), um  gasto menor de combustível, o percurso não vale a pena. “A utilização de tais rotas não se justifica”.

ACIDENTES  Segundo Simionato, além da questão da área ser considerada reserva, as rotas não foram até hoje devidamente mapeadas e pesquisadas. “Grande parte dos navios não têm estrutura e equipamentos para navegar na região e o risco de acidentes é iminente em áreas de forte nevoeiro”, enfatizou o executivo. De acordo com o diretor, se um navio petroleiro afundasse o impacto ambiental seria imensurável tendo em vista a total falta de estrutura da região, pois combater derramamentos de óleo em água gelada é quase impossível com a tecnologia atual.  Sem contar a dificuldade de busca e salvamentos.

PROTEÇÃO  Segundo Simionato, há grande ameaça à biodiversidade na região e a certeza  de acelerar o aquecimento global devido às emissões do dióxido de carbono pelos navios. “À curto e médio prazo os riscos serão infinitamente maiores do que os ganhos”, concluiu o diretor. A Antártida é vista como uma região crítica para o estudo das mudanças climáticas, uma vez que seu território gelado fornece dados valiosos sobre níveis de emissão de gases de efeito estufa e temperaturas. Entre os membros da Aliança estão as organizações ambientalistas Fundo Mundial para a Natureza (WWF), Greenpeace e a Coalizão Antártica e do Oceano Austral.


NN Petróleo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...