sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mais 14,59% em royalties para Campos


Em meio às discussões em torno dos royalties do petróleo entre estados produtores e não produtores, os municípios da Bacia de Campos acabam de receber os valores da verba mensal petrolífera referente ao mês de outubro. Campos mais uma vez foi o que viu entrar em seus cofres a maior fatia, R$ 55,4 milhões com um percentual de 14,59% a mais do que recebeu no mês anterior.
Macaé ficou com R$ 40,5 milhões; Rio das Ostras, R$ 16,2 milhões. Cabo Frio, R$ 15,6 milhões; São João da Barra, R$ 8,9 milhões; Casimiro de Abreu, R$ 6,5 milhões; Arraial do Cabo, R$ 4,01 milhões; e Carapebus R$ 3, 06 milhões.
Para o presidente do Centro de Informações e Dados de Campos (Cidac), economista Ranulfo Vidigal, a oscilação positiva se deu em razão da alta do câmbio e aumento na produção. O economista insiste que a economia dos municípios da Bacia de Campos é ainda bastante dependente dos royalties. “Com exceção de Macaé, que conta com a base industrial da Petrobras e empresas que prestam serviços à estatal, todos ainda dependem muitos dos royalties”, analisou.
Na visão de Ranulfo, Campos tem se firmado como polo de serviços, o setor que mais contratado nos últimos meses, mas a economia regional continua sazonal pouco dinâmica. “Em novembro, tivemos a demissão de 1.700 trabalhadores, sendo 1.200 na agricultura, que são pessoas que perderam o emprego em razão do final da safra canavieira. Em compensação, o setor de serviços tem contratado muita gente, empreendimentos como novos shoppings e hotéis estão por se instalar em Campos, mas precisamos criar novas alternativas para tornar nossa economia mais dinâmica”.
Ranulfo reconhece os esforços que a prefeita Rosinha Garotinho (PR) tem desenvolvido para superar as mazelas ocorridas no passado, quando Campos perdeu terreno em razão do desperdício das verbas dos royalties. “Creio que estamos numa rota ascendente, com investimentos maciços que estão sendo executados em áreas essenciais como saúde, educação e qualificação profissional. Vamos colher frutos em breve, mas ainda temos um bom caminho a percorrer para fazermos o que deixou de ser feito no passado, daí que precisamos também estar vigilantes e mobilizados para manter os atuais repasses dos royalties que representam para nós um direito adquirido que não podemos abrir mão”, concluiu.
Fonte: ODIÁRIO

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