sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sinopec suspende negociações com Refinaria de Manguinhos


Após o anúncio da desapropriação, as negociações entre a refinaria de Manguinhos e a petrolífera chinesa Sinopec foram interrompidas. O projeto de expansão e modernização da refinaria teria um investimento de R$ 1,4 bilhão.


O presidente da Refinaria, Paulo Henrique Menezes, disse em nota à imprensa, que está sendo realizada uma análise de conteúdo do decreto, e que os sete mil acionistas de Manguinhos já contrataram o escritório do advogado Sérgio Bermudes para contestar contra a decisão do governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.

“Queremos que Sergio Cabral seja derrotado e o caminho é a revogação do decreto que tem uma vingança política do governador. Ele sabe que a área não pode ser desapropriada e que nada pode ser construído. São mais três anos até retirar todo o óleo de lá”, disse Ronaldo Nobre, representante dos acionistas minoritários da refinaria, segundo informou o jornal Brasil Econômico.

Para Menezes, a paralisação dos contratos com a Sinopec traz um prejuízo de perdas futuras. Menezes afirma que com a suspensão das negociações acontece também uma desvalorização das ações da companhia na BM&FBovespa. Em nota, a empresa informou que as ações da refinaria continuaram suspensas na Bolsa até 06 de novembro, data da próxima assembleia dos acionistas.

Nesta semana, a Secretaria de Fazenda do Estado do Rio esclareceu que “a Refinaria de Manguinhos e as distribuidoras a ela relacionadas, apresentam arrecadação tributaria irrisória em comparação com sua movimentação econômica”. O governo do Estado também declarou que Manguinhos deve R$ 675 milhões, entre créditos de ICMS que deixaram de ser recolhidos no prazo, além de valores do tributo já inscritos na dívida ativa da refinaria nos últimos anos.

Protesto

Ontem (18) pela manhã, os trabalhadores de Manguinhos realizaram um protesto, na Avenida Brasil -região central do Rio - contra a desapropriação da refinaria. Segundo a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas participaram da manifestação. O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que é normal funcionários da empresa realizarem protestos contra a desapropriação da refinaria. Cabral também afirmou que as manifestações estão sendo "estimuladas pelos donos da refinaria".


Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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