terça-feira, 9 de outubro de 2012

Produção de petróleo recua com queda da Petrobras


A produção brasileira de petróleo no país recuou para 2,006 milhões de barris diários em agosto, queda de 2,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou, nesta quarta-feira (03), que a  produção média do pré-sal em agosto também caiu 2,7% em relação ao mês anterior. Entretanto, permaneceu acima de 200 mil barris de (boe) por dia.


As sucessivas quedas na produção das petroleiras têm preocupado a agência reguladora e investidores do setor. De acordo com o último Boletim Mensal de Produção da ANP, a queda na extração do petróleo só não foi menor porque a produção do pré-sal ficou acima da média, compensando assim a redução da produtividade da Bacia de Campos, blocos operados pela Petrobras.

Para o sócio líder da área de Oil & Gas da PWC, Marcos Panassol, o recuo da produtividade no país foi influenciado pela queda da produtividade da Petrobras. Segundo o especialista, a estatal tem ficado abaixo da tabela há 3 anos e as paradas programadas para manutenção nas plataformas prejudicaram as operações da companhia. “Qualquer movimentação nos ativos reduzem a proporção da produção. Acredito que essa atitude (paradas) está associada ao Plano Estratégico da Petrobras, que vem realizando ações para aumentar a eficiência operacional na Bacia de Campos. É normal que os campos mais antigos, chamados de maduros (com mais de 20 anos), apresentem queda na produtividade, por isso a estatal criou o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef) para resgatar essa produtividade”, avaliou Panassol.

Segundo o especialista, outro fator que contribuiu para a baixa produtividade nacional foi à suspensão das atividades de exploração da Chevron, no Campo de Frade, que se encontra paralisada por conta do acidente ocorrido na Bacia de Campos, em 7 de novembro do ano passado. Panassol afirma que a extração do pré-sal, em crescente produção, é relativamente “boa” e que a variação produtiva desta área é totalmente esperada pelo mercado.

"Os poços são novos, temos curva de produção favorável, mas, o pré-sal ainda é uma produção experimental. Existe uma área que está recebendo investimentos e outra que futuramente marcará o volume da produção da Petrobras. Não acredito que tenha ocorrido desvio de foco da produção e que o pré-sal foi mais explorado. O principal volume da empresa nos próximos anos, ainda é o pós-sal. Foram encomendadas 28 sondas para serem produzidas no Brasil, assim que as mesmas forem entregues a exploração do pré-sal vai aumentar relevantemente”, concluiu Panassol.

Volta da produção

Em evento realizado ontem (04) em São Paulo, promovido pelo The Economist Group, a presidente da Petrobras, Graça Foster, garantiu que haverá aumento da sua produção nos próximos anos. Foster disse que a petrolífera voltará a produzir 2 milhões de barris de petróleo até o final do ano. A executiva também reforçou que há necessidade de novas refinarias entrarem em operação.


Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...