segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Materiais e refino representam 50% do corte de custos da Petrobras


A Petrobras objetiva corte de custo por ano entre R$ 5 bilhões e R$ 15 bilhões, a partir de 2013. A análise do Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop) revela que metade da redução dos gastos virá da área de refino e da compra de materiais e serviços. O programa emergencial busca recuperar o caixa da estatal, já que o pedidos feito ao Governo Federal para aumentar o preço dos combustíveis não surtiu efeito.

O Procop, iniciado em junho, busca identificar oportunidades de redução de custo. Até dezembro, a estatal irá aprofundar os estudos para em janeiro aplicar as medidas de contenção de gastos  na tentativa de equilibrar as finanças.

Das 28 oportunidades levantadas pela estatal, sete estão ligadas a refino e logística de seus derivados e outras sete ao processo envolvendo compra de bens e serviços. Na produção de petróleo e gás natural, são cinco, assim como em ações voltadas ao grupo “gás e energia”. Os quatro restantes estão ligados à área de suporte.

A base da operação é apontada como o principal potencial para se gerar ganhos de otimização, através da priorização de atividades, produtividade e redução dos custos unitários.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, explicou que as ações do Procop visam alcançar três objetivos principais: no plano financeiro, aumentar a geração de caixa no horizonte do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016; no plano operacional, aumentar a produtividade de suas atividades a partir de benchmarks internos e externos; e no plano organizacional, reforçar modelo de gestão voltado para a eficiência em custos.

Defasagem

Para o secretário de petróleo, gás natural e combustíveis renováveis do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio de Almeida, o corte anunciado pela estatal não tem relação com a defasagem do preço de combustível no mercado interno, em relação ao mercado externo, segundo informou o jornal O Valor. A política da estatal não permite que as oscilações do valor do barril do petróleo no mercado internacional sejam repassadas para o mercado interno.

Segundo cálculos do diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a Petrobras acumula prejuízo de R$ 12,8 bilhões entre janeiro e agosto deste ano com a diferença entre a cotação do barril no mercado internacional e a gasolina e o óleo diesel vendidos no país.

A estatal, que deve ter um lucro líquido de R$ 8 bilhões no terceiro trimestre deste ano contra um prejuízo de R$ 1,3 bilhão no trimestre passado, também busca vender ativos no exterior. A meta é arrecadar US$ 14,8 bilhões com a venda de unidades de produção e refinarias no exterior, até 2016.


Fonte: O Globo e Valor

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