terça-feira, 25 de setembro de 2012

Rússia diz ter superdepósito de diamantes


A Rússia quebrou o sigilo sobre jazida gigante de diamantes na Sibéria, criada  pelo impacto de um asteroide há 35 milhões de anos e descoberta na década de 1970. Cientistas russos estão alegando que a jazida de diamantes industriais poderia revolucionar a indústria.


A Academia Russa de Ciências disse que a cratera Popigai, no leste da Sibéria, contém "muitos trilhões de quilates" dos chamados "diamantes de impacto", ideais para uso industrial. A quantidade de material seria dez vezes maior que as reservas globais de diamante e suficiente para abastecer o mercado global por mais de 3.000 anos.

Eles foram formados pela colisão de meteorito, em alta velocidade, em um depósito de grafite. Por ser muito mais duro que o diamante comum - usado em joias -, este tipo é utilizado pela indústria para perfurações em alto-mar na busca de petróleo.

Segundo os cientistas russos, o Popigai é único no mundo, tornando a Rússia o proprietário monopólio de um recurso que é provável que se torne cada vez mais importante nos processos de alta precisão científica e industrial.

O depósito foi descoberto por cientistas soviéticos na década de 1970, mas foi deixado inexplorado, pois a liderança soviética optou por produzir diamantes sintéticos para uso industrial. O depósito permaneceu confidencial até depois do colapso da União Soviética.

De acordo com o diretor do Instituto Sobolev de Geologia e Mineralogia, Nicolai Pokhilenko, apenas 0,3% da área foi analisada e já foi avaliada em 147 bilhões de quilates de diamantes industriais. Pokhilenko disse, ainda, que os diamantes devem a sua dureza incomparável a uma enorme pressão e altas temperaturas no momento da explosão do meteorito, deixando uma cratera de 100 km (60 milhas).

Mais estudos

A Academia de Ciências da Rússia disse, por meio de um comunicado, que os cientistas discutiram a questão em uma mesa redonda, em Novosibirsk no final de semana, dizendo que mais estudos serão necessários para avaliar os aspectos econômicos da sua exploração em potencial.


Fonte: AP e  Folha de S. Paulo

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