Sobe para 48 o número de mortos pela explosão na principal refinaria da Venezuela no último sábado (25). A informação foi da governadora do Estado de Falcón,Stella Lugo, em entrevista para uma rádio local. O incêndio continuava queimando pelo terceiro dia em dois depósitos de combustível da maior refinaria da Venezuela nesta segunda-feira (27), colocando em dúvida os planos para reativar rapidamente a instalação.
Considerado o pior acidente industrial em um país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a explosão de gás na refinaria Amuay, ocorreu após sucessivos acidentes menores, como: falhas de energia e paralisações para manutenção nas atividades da unidade de refino. Os tanques tem capacidade para produzir 645 mil barris de petróleo por dia e é uma das maiores do mundo.
O ministro da Energia, Rafael Ramírez, disse à Reuters por telefone do local que os bombeiros trabalharam durante toda a noite e continuavam seus esforços nesta segunda-feira.
"O vento está mudando de direção o tempo todo, por isso temos de mover as equipes de combate ao incêndio para continuar tentando apagar o fogo", disse Ramírez. "Ontem à noite, um caminhão de bombeiros foi tomado pelo incêndio, felizmente sem vítimas ou danos. Continuaremos os mesmos esforços hoje", disse o ministro.
O incêndio
O forte cheiro de gás já incomodava os moradores do bairro de La Pastora, que fica em frente à refinaria venezuelana de Amuay. Após algumas horas, houve a explosão, a qual deu origem a um incêndio que alastrou por toda a região. De acordo com as informações, as chamas de fogo tinham mais de 30 metros de altura, casas próximas foram afetadas e uma criança de 10 anos estava entre os mortos.
A refinaria de Amuay está localizada na Península com vista para o Mar do Caribe, a oeste da Venezuela. Ela faz parte do segundo maior complexo de refinaria do mundo, com capacidade total de processar 955 mil barris de petróleo diariamente.
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