O Diretor da Organização de Energia Atômica do Irã, Fereidoun Abbasi, afirmou ontem (27) que não há motivo para que o país pare de produzir urânio enriquecido a 20%, já que o intuito é realizar a construção de dois reatores nucleares. Terminar com a substância – usada para a produção de componentes químicos medicinais- é um dos principais desejos das potências mundiais na negociação nuclear com o Irã.
O temor é que este urânio alcance rapidamente os 90% e possa ser utilizado como fabricação de uma bomba atômica.Abbasi informou que o Irã continuará enriquecendo urânio para alimentar o reator de pesquisa médicas que produz isótopos para tratamento de aproximadamente 1 milhão de pacientes com câncer. “Não há motivos para recuarmos, já que produzimos apenas a quantidade de urânio em 20%, é o que precisamos. Nem mais, nem menos, relatou. O Teerã afirma que o seu programa nuclear é exclusivamente pacífico”, disse Abbasi.
Segundo o diretor, o Irã está estudando a possibilidade de construir pelo menos dois reatores com capacidade de mil megawatts, e a previsão de entrega dos empreendimentos são de dois anos. A declaração de Abbasi reduziu ainda mais a esperança das seis potências mundiais, Alemanha, França, Reino Unido, China, EUA e China, de conseguirem firmar um acordo sobre o enriquecimento do temido urânio.
Um novo encontro está marcado para os dias 17 e 18 de junho, entre as potencias mundiais para tentar equacionar a questão. Entretanto, caso não haja solução via diálogo, os países planejam ampliar as sanções impostas sobre as exportações do Irã a partir do dia 1° de julho.
Entenda o caso
Na última sexta-feira (25), diplomatas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou que encontrou vestígios de urânio enriquecido a 27% na instalação iraniana de Fordo. A descoberta acende a discussão sobre a possibilidade de fabricação de armas nucleares pelo Irã. As autoridades daquele país alegaram que o enriquecimento da substância foi uma falha técnica.
De acordo com inspetores da agência da ONU, é possível que realmente o enriquecimento elevado seja fruto de um ajuste errado das centrífugas no início do procedimento. Já as potências mundiais acreditam que este fato é um prenuncio de que o Irã tem intenção de fabricar bombas atômicas.
Fonte: NN - A Mídia do Petróleo
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