quarta-feira, 9 de maio de 2012

Brasil não terá novas usinas nucleares até 2021


O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que até 2021, não deverão ser construídas novas usinas nucleares no país, além de Angra 3 - que já se  encontra em construção. Está previsto, no Plano de Expansão do Setor Elétrico, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a construção de quatro a oito novas centrais nucleares no Brasil até 2030, porém até o momento não foi discutido o assunto - promessas que podem não sair do papel.



"No planejamento de curto prazo, estabelecido até 2021, não foram consideradas novas usinas nucleares, porque não há necessidade. Hoje temos, as hidrelétricas, as fontes renováveis, as térmicas, o gás natural e óleo, para atender a demanda", comentou Zimmermann, ao participar do 9º Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, que aconteceu ontem (08), no Rio de Janeiro.

Quanto ao novo programa nuclear previsto para 2030, Zimmermann disse que quando se faz um plano a longo prazo é normal colocar alternativas tecnológicas, considerando que a execução deste projeto demanda outra discussão. "Se as usinas nucleares estão no PNE 2030 é porque terá espaço para elas em algum momento, mas no curto prazo não serão construídas novas usinas da fonte", ressaltou.

O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, admitiu que o acidente no Japão contribuiu para a decisão do cancelamento de novas construções nucleares no país. Tolmasquim disse também que a questão de Fukushima foi considerada um acidente grave e causou traumas em todos os países, inclusive no Brasil. “O mundo todo deu uma parada para analisar e avaliar”.

O Jornal O Globo, publicou a replica de Zimmermann, dizendo que o secretário executivo negou que o acidente em Fukushima, ocorrido em março de 2011, tenha contribuído para a decisão do governo em adiar o investimento em novas centrais nucleares. De acordo com o governo, a meta agora é explorar o potencial hidrelétrico brasileiro, além de outras fontes renováveis como a eólica, o gás e a biomassa.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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