sexta-feira, 25 de maio de 2012

Bioeletricidade produzida a partir de subprodutos da cana completa 25 anos no Brasil


A geração de bioeletricidade produzida com bagaço de cana-de-açúcar em usinas brasileiras para a grade nacional de distribuição está completando 25 anos. De acordo com diretor técnico e presidente interino da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues, ainda há muito trabalho a ser feito para aproveitar todo o potencial desta energia limpa e renovável.

“Hoje temos potencial para atingir 134 milhões de MWh/ano, ou 15.300 MW médios até 2020. Feitas as contas, isto equivale a mais de três vezes o que a Usina de Belo Monte será capaz de produzir,” afirma o executivo. Ele lembra que este potencial ainda adormecido só será viabilizado com um esforço conjunto envolvendo empresários e setor público.

Na próxima sexta-feira (25), Rodrigues participa, ao lado de diversas autoridades e convidados especiais, do evento “25 anos de Bioeletricidade no Brasil", que acontece na Usina São Francisco, em Sertãozinho (SP), a partir das 10h.

“A história da Bioeletricidade tem que ser lembrada com quem de fato se empenhou para que ela se tornasse realidade, como forma de estímulo para que a importância dessa forma de gerar eletricidade seja devidamente reconhecida,” explica o diretor de Comunicação Corporativa da Unica, Adhemar Altieri, ao comentar a realização do evento.

São Paulo ocupa posição de destaque na produção nacional de bioenergia. Além de características favoráveis à produção, como clima e solo, o estado concentra a maior parte da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico, reúne parte significativa das indústrias de bens de capital para produção de bioenergia.


Histórico e potencial energético


Em 1987, a Usina São Francisco, do Grupo Balbo, foi a primeira a exportar energia elétrica obtida de uma fonte 100% renovável para a CPFL Energia, empresa distribuidora de energia. Em seguida, a Usina São Martinho, de Pradópolis (SP), e a Vale do Rosário, em Morro Agudo (SP), hoje ligada ao Grupo LDC-SEV, também iniciaram seus projetos de geração de bioeletricidade, na época financiados com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para aquisição de máquinas e equipamentos utilizados pelas usinas.

No evento marcado para sexta-feira, além das três usinas que iniciaram a produção de bioeletricidade em 1987, três pioneiros foram selecionados para homenagens pessoais pelo esforço e envolvimento de cada um na época. São eles o presidente da Usina São Francisco, Jairo Menesis Balbo, o então presidente da Usina Vale do Rosário, Cícero Junqueira Franco, e o então diretor industrial da Usina São Martinho, Agenor Pavan, que será objeto de homenagem póstuma.


Fonte: TN Petróleo

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