quinta-feira, 12 de abril de 2012

Vazamento na bacia de Campos não é proveniente da Petrobras

EXPLICAÇÂO  A Petrobras divulgou nota nesta quarta-feira informando que a exsudação (afloramento de óleo) detectada no domingo no Campo de Roncador não tem origem em campos da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Segundo a companhia, as análises das amostras mostram que as gotículas coletadas têm características semelhantes a um tipo de fluido usado na operação de perfuração de poços, que tem como constituinte básico a n-parafina. A estatal disse ainda que não se trata de óleo proveniente de qualquer reservatório produtor de Roncador ou de qualquer outro petróleo produzido na bacia. A Petrobras informou que sua equipe técnica analisa a origem do fluido. "A qualidade da cimentação dos poços do Campo de Roncador, nas proximidades da ocorrência, foi verificada, indicando que existe integridade e isolamento efetivo entre os poços e as formações no seu entorno", diz a nota.


CONTINGÊNCIA  Com o advento do pré-sal, a produção de petróleo no Brasil vai crescer exponencialmente e, junto com ela, deve aumentar também a incidência de vazamentos de óleo e de outros acidentes. O primeiro derrame de óleo do pré-sal, em fevereiro, deu mostras do desafio: desenvolver equipamentos resistentes às condições extremas da nova fronteira petrolífera para operar sob altíssima pressão e baixas temperaturas. A camada do pré-sal está entre 5.000 e 8.000 metros de profundidade. Antes dela, a exploração de petróleo no fundo do mar era feita em profundidade média de 3.500 metros, na bacia de Campos. Em entrevista ao NN sobre como o Brasil pode se preparar para impedir vazamentos do pré-sal, o professor e engenheiro Alexandre Guimarães, disse que as lições aprendidas com a explosão da plataforma da BP, no Golfo do México, em abril de 2010, foram absorvidas pelas empresas de diversos países, aproveitando o acidente para rever ou confirmar políticas de emergência.  Mas que “diferente dos outros países, o Brasil, quase dois anos depois, não traçou um plano estruturado”.

REINCIDENTE  No início do mês, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informou em nota que recebeu comunicação da Petrobras sobre dois vazamentos, um na Bacia de Santos, próximo ao Rio de Janeiro, e um no Ceará. Na Bacia de Santos, conforme a nota divulgada nesta segunda (2), aproximadamente dez litros de água oleosa vazaram do convés do navio-plataforma Cidade de Santos para o mar. O Cidade de Santos, que opera nos campos de Uruguá e Tambaú, na Bacia de Santos, a 160 quilômetros da costa do estado de São Paulo, é do tipo FPSO (Floating Production, Storage and Offloading --sigla em inglês para Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de óleo). O navio-plataforma é operado pela empresa Modec.

CHEVRON  Impedida de operar no Brasil, depois de dois vazamentos de petróleo na Bacia de Campos, a norte-americana Chevron informou à agência de notícias Reuters, nos Estados Unidos, que foi a responsável pela descoberta de um afloramento de óleo no campo de Roncador, operado pela Petrobras. A matriz da empresa tenta, assim, amenizar os danos a sua imagem depois das graves acusações feitas por autoridades brasileiras.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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