Nos últimos anos, as energias renováveis foram os principais temas debatidos em discussões, encontros, estudos e reportagens em geral. A relevante importância do uso de energias renováveis, em substituição ao uso de fontes não renováveis - as fósseis (carvão, gás, petróleo) é uma realidade em todo mundo. Os principais recursos naturais utilizados no Brasil para a obtenção de energia limpa são o sol (energia solar), o vento (energia eólica), os oceanos, a biomassa (bioenergia ou agroenergia) e as hidrelétricas, que correspondem às principais fontes de energias brasileiras.
Segundo o Balanço Energético Nacional de 2003, publicado no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as hidrelétricas correspondem a quase 90% de toda a energia elétrica gerada no país, o que torna o Brasil o terceiro maior produtor de energia hidrelétrica do mundo, estando atrás somente do Canadá e da China, respectivamente, seguido dos Estados Unidos e da Rússia. Desta forma, podemos dizer que o leilão do Belo Monte representa uma das melhores matrizes elétricas do mundo.
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a usina hidrelétrica de Belo Monte, entrará em funcionamento a partir de 2015. Quanto ao caso referente à concessão da licença de instalação para o empreendimento dada pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), o ministro afirmou que “Embora o governo federal desejasse que a autorização tivesse sido concedida há mais tempo, a demora não acarretará qualquer prejuízo ao cronograma da obra”.
Mas, qual será o verdadeiro impacto da Usina de Belo Monte?
A construção dessa Usina, na Bacia do Rio Xingu, no Pará, gerou grande polêmica e foi levada a julgamento devido à atuação dos organismos responsáveis, da crítica dos movimentos sociais e indígenas. Ao todo, o MPF (Ministério Público Federal) move 13 ações contra a hidrelétrica, e de acordo com informações do órgão, foi constatado que as condicionantes exigidas pela licença prévia não foram cumpridas. O Belo monte é uma gigantesca usina, que terá uma potência média de 4.571 megawatts - abastecendo 40% de todo o consumo residencial do país. Atualmente somente a Usina Itaipu produz mais energia. Para desespero da população local, a única solução para a produção de fontes alternativas, seria Belo Monte, que irá utilizar energia produzida pelas águas dos rios amazônicos, considerado hoje as opções mais limpas e baratas.
Quase metade da área de 520 quilômetros quadrados que será inundada por Belo Monte faz parte do próprio rio, e a outra parte representa pasto, lavouras de cacau e mata nativa. Contudo, será inevitável a remoção das famílias de Altamira, que vivem às margens do Rio Xingu. Porém, ativistas do Greenpeace no Brasil, afirmam que o Belo Monte vai provocar um desmatamento de 50 mil hectares em zona de mata, ainda razoavelmente conservada, em pleno coração da Amazônia.
Resta agora saber se, a exploração local das energias renováveis também reduzirá a necessidade de importação de energia, uma vez que, o Brasil também é um dos maiores produtores de petróleo e gás natural.
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