terça-feira, 10 de abril de 2012

Angra 2 atingiu melhor marca de sua história em 2011

USINA  Segundo a Eletronuclear, estatal responsável pelo Complexo Nuclear de Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, a Usina Nuclear Angra 2 voltou a operar depois de um mês parada para reabastecimento e manutenção. A usina havia sido desligada no dia 3 de março e foi religada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) na manhã do dia 1º. Durante a parada, um terço do combustível da central nuclear foi recarregado. Além disso, mais de 4 mil tarefas de inspeção e manutenção foram realizadas por 1,3 mil profissionais.





RECORDE  De acordo com a companhia, Angra 2 deve ser reabastecida novamente em meados do ano que vem. A usina, que começou a operar comercialmente em 2001, tem capacidade de gerar 1.350 megawatts (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de 2 milhões de habitantes. A performance recorde de Angra 2 em 2011 está recebendo destaque internacional. Segundo a Nucleonics Week – publicação americana especializada em energia nuclear –, a unidade ocupou, no ano passado, a 10ª posição na geração de energia entre as 435 usinas nucleares em operação no mundo. A usina brasileira fechou o ano de 2011 gerando 10.989.844 megawatts-hora (MWh), a melhor marca de sua história.


SEGURANÇA  O superintendente de Angra 2, Antonio Mazzaro, afirma que essa melhoria não se restringiu à geração de energia. “O bom desempenho na geração foi acompanhado de uma melhoria geral dos nossos processos. Os indicadores de segurança de Angra 2, inclusive, figuram entre os melhores do mundo, segundo os critérios estabelecidos pela Associação Mundial de Operadores Nucleares (Wano). Esse resultado foi conseguido devido à dedicação, ao comprometimento e ao trabalho em equipe dos colaboradores da Eletrobras Eletronuclear”, destaca. Um relatório elaborado pela Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis, no litoral sul fluminense, afirmou que o complexo tem condições mais favoráveis para suportar acidentes decorrentes de catástrofes naturais do que tinha a Usina de Fukushima, no nordeste do Japão.

CONTINGÊNCIA  Há cerca de um ano, o país foi atingido por um terremoto seguido de tsunami, que ocasionaram vazamentos e explosões na região e deixaram o mundo em alerta para a segurança nuclear. O documento foi feito a pedido da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) para avaliar as condições de segurança das usinas Angra 1 e Angra 2 em casos de catástrofes naturais de extrema severidade. O relatório, que segue metodologia utilizada nos países europeus, ficou pronto no fim de março e foi encaminhado à comissão na semana passada. De acordo com o assessor da diretoria técnica da Eletronuclear, Paulo Carneiro, entre as características técnicas que garantem às usinas brasileiras "uma situação mais favorável" estão a existência de um sistema extra de energia elétrica, instalado em áreas protegidas, além do sistema de suprimento de emergência.

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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