sexta-feira, 30 de março de 2012

Acidente da Chevron não é trivial, diz Graça

Sócia da Chevron no campo de Frade, a Petrobras não pode nem quer falar sobre o acidente que interrompeu a operação da americana neste mês, mas vem ajudando "sempre que chamada" pela ANP, segundo a presidente da estatal, Graça Foster. "Atendemos a ANP a todo instante e a toda hora, quando somos chamados a estar junto com a agência, com a Chevron. Nós temos a nossa equipe de trabalho aqui, nossos engenheiros, geólogos."


Graça admite que o acidente da Chevron não é rotineiro e que muito ainda terá que ser investigado para uma conclusão. "É um problema geomecânico, não é trivial", disse. "A própria análise do óleo, que é diferente nas regiões dentro do campo de Frade, não é trivial. A Petrobras tem devotado um imenso trabalho em simulações considerando diversas hipóteses."

A experiência de ter sofrido um caso parecido com o da Chevron, em 2004, no campo de Marlim Sul, ajuda na interpretação do acidente da sócia, apesar de na época a Petrobras não estar perfurando no local, como ocorreu com a Chevron. Um vazamento no reservatório do bloco 11 de Marlim Sul determinou o fechamento de quatro poços do sistema, dois de produção e dois de injeção.

Fraturas naturais no reservatório foram apontadas como possível causa do vazamento na época. A exsudação no reservatório provocou, na ocasião, muitas especulações no mercado de que teria havido erro de injeção no poço, abandonado para sempre. Graça diz que a Petrobras já domina a tecnologia de exploração nas águas ultraprofundas do pré-sal e agora busca redução de custos.

Desde 2010 a estatal produz no pré-sal sem registro de acidentes significativos. O campo de Lula, na bacia de Santos, tem os dois maiores poços produtores do país hoje

Fonte: NN - A Mídia do Petróleo

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