Supervisor disse que empresa ainda tem que entender como tudo aconteceu
O superintende de meio ambiente da Chevron, Luiz Pimenta, admitiu durante a audiência pública na Câmara dos Vereadores de Macaé, no norte do Estado do Rio, que o estudo prévio sobre as condições do solo no Campo de Frade tinha identificado a falha geológica por onde o óleo vazou.
Durante os esclarecimentos aos vereadores e autoridades locais sobre o vazamento que poluiu a bacia de Campos com cerca de 440 mil litros de óleo, ele assegurou que durante a perfuração os técnicos trabalharam com essa informação e fizeram cálculos para garantir que o óleo não passaria por ali.
Durante os esclarecimentos aos vereadores e autoridades locais sobre o vazamento que poluiu a bacia de Campos com cerca de 440 mil litros de óleo, ele assegurou que durante a perfuração os técnicos trabalharam com essa informação e fizeram cálculos para garantir que o óleo não passaria por ali.
Pimenta também esclareceu que este poço foi o 11º perfurado pela empresa e disse que até hoje, 35 dias depois de identificado o vazamento, a empresa ainda tenta entender o que aconteceu.
- A causa básica conhecida foi o rompimento da parede na camada sedimentar, mas como o óleo chegou à parede do ponto onde vaza ainda está em estudo.
A audiência, que durou quase três horas, também contou com a presença do deputado federal Alessandro Mussi, que já tinha acompanhado os esclarecimentos de Pimenta na Câmara dos Deputados, onde ele admitiu que a empresa estava envergonhada com o acidente. Mussi afirmou que está preocupado com o futuro da região, onde existem 118 plataformas de petróleo, e defendeu a reformulação da forma como é feita a fiscalização. Segundo ele, atualmente a avaliação do trabalho é feita com informações da própria empresa fiscalizada e não com ações dos órgãos responsáveis. Ele lembrou que no último dia 25 de novembro, a Procuradoria da República em Macaé abriu um inquérito para investigar a eficácia dessa fiscalização.
Multa de R$ 150 milhões
O Governo do Estado do Rio vai dar entrada em uma ação civil publica contra a petroleira exigindo uma indenização de R$ 150 milhões, o pagamento de um rigoroso monitoramento (por terra, mar e ar) governamental de suas atividades de extração de petróleo na bacia de Campos e financiamento de uma auditoria ambiental das atividades da empresa..
A empresa já foi multada em R$ 10 milhões pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) e recebeu três autuações da ANP.
Falha humana
O delegado da Polícia Federal Fábio Scliar já ouviu 25 pessoas sobre o vazamento de óleo. No último dia 2, após ouvir o depoimento de 15 pessoas envolvidas no caso, ele concluiu que o vazamento foi causado por “falha humana”.
O responsável pela Delegacia Federal do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico disse que mais pessoas podem ser convocadas para esclarecer o acidente no campo de Frade.
– Conforme vamos ouvindo as pessoas, novas fontes vão surgindo para auxiliar nas investigações.
Fonte: R7
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