quarta-feira, 9 de novembro de 2011

NIterói Naval Offshore destaca mão de obra qualificada para o pré-sal

VERGONHA  Por conta do gargalo que a indústria naval brasileira irá sofrer com a demanda que o pré-sal vai apresentar nos próximos anos, foi realizado ontem (08) na NIterói Naval Offshore (NNO), que acontece no Caminho Niemeyer, em Niterói, as palestras sobre "Formação Profissional para a Construção e Operacão". O secretário de Ciência e Tecnologia de Niterói, José Raymundo Martins, destacou o número irrisório de estudantes que ingressaram no ensino superior ou técnico no Brasil, no balanço realizado em 2010. "Nosso país tem quase 200 milhóes de habitantes e temos só 6 milhões nas universidades". Segundo o secretário, desses 6 milhóes, 11% ingressaram no curso de engenharia. "Náo sei se vamos ter pessoas suficientes para trabalhar no Comperj", alertou José Raymundo.

RETOMADA   De acordo com o secretário e presidente do painel, muitos trabalhadores que foram para Europa e para a Ásia estáo voltando, porque aqui falta profissionais qualificados, para trabalhar em estaleiros, navios etc. "Nós vivemos numa região onde se concentra os maiores investimentos em engenharia. Náo podemos ser apenas importadores de tecnologia", finalizou José Raymundo. Presente na mesa, o presidente do Forum dos Trabalhadores, Joacir Pedro lembrou, com um breve panorama da história do segmento naval e offshore, sobre a necessidade se investir no conteúdo local."Em 2002, num Congresso na Bahia, fizemos o então presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assinar um termo de compromisso para reerguer a indústria naval brasileira". Sobre a questáo do conteúdo local, Joacir, lembrou que náo só de chapas de aco que um navio é composto. "Existem mil conteúdos em um navio".

DEMANDA
  No segundo painel do dia, sobre "Formacao profissional para Operacões", o gerente de Transporte Marítimo da Transpetro, Eduardo da Cunha Bastos, lembrou que serão necessários mil novos oficiais, além de manter atualizadas as atuais tripulações, garantindo que 450 gerentes de bordo fiquem prontos, por conta da chegada de embarcações mais modernas. “A Marinha Mercante atravessa um momento mágico, com os novos estaleiros e as frotas aumentadas. O desafio da Transpetro será daqui a pouco operar cerca de cem petroleiros. A atividade permanente da Academia é treinar e manter o pessoal atualizado e certificado.”

OPORTUNIDADES
  No debate, o almirante Marco Antonio Falcão, do Centro de Instrução Almirante Graça Aranha, disse que, no último concurso, dez mil se inscreveram para disputar cerca de 300 vagas, nas escolas da Marinha no Rio e em Belém. “A procura é grande, como nos cursos mais disputados nas universidades. Desse contingente, o número de mulheres é grande. Hoje, temos 30% de meninas matriculadas”, contou.
"Náo sei se vamos ter pessoas suficientes para trabalhar no Comperj"
Secretário de Ciência e Tecnologia de Niterói


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