Um equipamento utilizado para reduzir os resíduos sólidos gerados pelas plataformas finalmente chega ao mercado brasileiro. Apesar de nova por aqui, a tecnologia já vem sendo utilizada pela Marinha britânica para diminuir os impactos ambientais provocados pela exploração de óleo e gás.
O equipamento funciona por meio de pirólise - um processo em que os resíduos são aquecidos a cerca de 900°C sem a presença de oxigênio -, o que não gera combustão e, consequentemente, não emite gases poluentes. O que resta dos resíduos - como panos, roupas com óleo e lixo - são apenas cinzas, ocupando um volume mínimo.
Em artigo publicado no NNpetro, a bióloga Rachel Ann Hauser Davis classifica os resíduos produzidos pelas plataformas como “perigosos”. De acordo com o Ibama, apenas em 2009 foram gerados 44.37 toneladas destes resíduos a partir de atividades de pesquisa sísmica marítima, perfuração de poços, produção e escoamento de petróleo e gás natural em águas brasileiras, e, deste total, 24.11 toneladas (54,3%) eram substâncias sólidas perigosas, produzidas principalmente nas plataformas e instalações do pré-sal no Sudeste brasileiro.
Com o objetivo de desenvolver, com conteúdo local, e entregar equipamentos especiais para o setor de O&G brasileiro, a Tridimensional Engenharia, especializada em EPC com tecnologia, assinou uma parceria tecnológica com a britânica DPS. Segundo o presidente da Tridimensional, Antonio Müller, a tecnologia pode ser uma alternativa interessante para auxiliar o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos (PROEF), lançado pela Petrobrás em julho de 2012.
De acordo com a empresa, este equipamento reduziria os gatos com barcos de apoio offshore. A expectativa de Muller é que a parceria gere cerca de R$ 20 milhões em vendas no Brasil em 2013.
Fonte: NN - A Mídia do Petróleo
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